A CMTV avançou na noite desta segunda-feira que uma empresa especializada na recuperação de créditos pediu a insolvência da SAD do Sporting, por uma dívida de mais de meio milhão de euros. A ação já está no Tribunal do Comércio de Lisboa e o Sporting já contestou.
Segundo a mesma fonte, a ação interposta contra o Sporting data de março deste ano e foi rejeitada numa primeira instância pelo Tribunal de Comércio de Lisboa. Foi por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa que a ação acabou por ser aceite mais de seis meses depois.
O canal televisivo garante ainda que o Sporting já respondeu e contesta o pedido de insolvência, garantindo que a SAD tem estabilidade financeira. O clube enumera ainda os cinco maiores credores para explicar que nenhum deles pediu a falência do Sporting, porque a SAD lhes dá garantias de estabilidade.
"Nenhum dos cinco maiores credores da SAD alegou qualquer incumprimento, nem sequer recorreu a qualquer meio judicial para recuperar os seus créditos, o que é sintomático da seriedade e honorabilidade dos compromissos assumidos", pode ler-se na resposta dos verdes-e-brancos.
O mesmo documento revela que a Sporting SAD deve mais de 56 milhões ao Novo Banco, mais de 29 milhões de euros ao Millennium BCP e a um banco alemão, 12 milhões de euros à Sporting Comunicações Plataformas e seis milhões de euros a um fundo de investimento irlandês.
O processo está neste momento nas mãos do juiz do Tribunal do Comércio que vai decidir se avança ou não com a insolvência. Podem também juntar-se outros credores, numa altura em que se sabe que o Sporting deve pelo menos 40 milhões a fornecedores.
Recorde-se que, em março, foi noticiado que a Camacho & Nunes, precisamente uma empresa especializada em recuperação de créditos, requereu a insolvência da SAD leonina devido a uma alegada dívida dos 'leões' a uma empresa que prestou serviços de bilhética em Alvalade, entre 2011 e 2012. Nessa altura, o montante acabou por ser cedido a crédito à Camacho & Nunes por valor inferior aos tais 511 mil euros, ficando a sociedade com o risco de tentar depois recuperar esse montante da alegada dívida.
O Sporting negou essa dívida e manifestou a intenção de apresentar queixa-crime e uma participação junto da Ordem dos Advogados. Paulo Pereira Cristóvão, vice-presidente do clube com o pelouro das infraestruturas no referido período, frisou em declarações ao jornal 'Record' que "não ocorreram quaisquer ‘serviços’ da dita empresa" enquanto esteve em funções, pois foram por si "dispensados de qualquer colaboração com o Sporting".
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