O candidato à presidência do Gil Vicente Avelino Dias da Silva prometeu esta segunda-feira que, caso seja eleito para a liderança do clube da I Liga de futebol, vai avançar para a construção de uma academia de formação.

O empresário, de 68 anos, apresentou esta noite o seu projeto para o emblema barcelense, e caso vença o sufrágio, agendado para 1 de fevereiro, apontou como palavras-chave “continuidade, sustentabilidade, profissionalismo e energia”.

“Este é um projeto de continuidade, mas com muitos objetivos novos, tal como a equipa que me acompanha. A academia é um dos meus principais focos e não vou falhar nesse projeto”, disse o candidato.

Avelino Dias da Silva, que fazia parte da direção cessante, liderada pelo seu irmão Francisco Dias Silva, que abandonou o cargo devido a motivos pessoais, apontou que “não podia deixar que o clube caísse num vazio” e, por isso, decidiu avançar com a candidatura para a liderança do emblema de Barcelos.

“O Gil Vicente é um clube muito apetecível, tem as contas em ordem e um futuro muito interessante se for gerido como dever ser. Nunca foi um meu objetivo ser presidente, mas não podia deixar que o trabalho do meu irmão não tivesse continuidade”, partilhou.

O candidato não pretende fazer grandes alterações na equipa profissional de futebol, dizendo “confiar no plantel e no treinador para alcançar o objetivo da manutenção na I Liga”.

Mais interventivo, promete ser na resolução do 'Caso Mateus', no qual o clube considera que ainda tem de ser indemnizado pelo facto de, há mais de uma década, ter sido despromovido administrativamente.

“Já tenho uma mensagem pensada para enviar ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, cujo trabalho aprecio. Sou um pacificador, não vim para criar conflitos, mas acho que este processo já devia estar resolvido há muito tempo”, vincou Avelino Dias da Silva.

O presidente cessante, Francisco Dias da Silva, será o mandatário da candidatura do irmão, e garantiu que continuará “a ajudar o clube dentro das possibilidades”.

“Fizemos um enorme trabalho para haver um candidato que desse continuidade a nosso projeto, que está numa fase muito decisiva. Acredito que o Avelino [Dias da Silva] irá procurar fazer melhor para o futuro do clube”, vincou o dirigente, que se demitiu devido a motivos pessoais.

Francisco Dias da Silva prometeu que continuará a envolver-se para libertar o clube “da injustiça que continua por resolver [do 'Caso Mateus']", mas considerou que o seu irmão e a equipa que o acompanha “têm capacidade para o muito trabalho que ainda há por fazer”.

“Já liderei o clube em três momentos diferentes, mas desta vez não vou voltar a ser presidente. Espero que os sócios estejam atentos e votem em consciência. O Gil Vicente já atingiu uma dimensão que exige grande vigilância. Tudo cresceu, exceto as dívidas, e tem de continuar a ser muito bem gerido”, alertou o presidente demissionário.

Além da candidatura de Avelino Dias da Silva, também o futebolista Hugo Vieira anunciou que vai apresentar uma lista para as eleições do Gil Vicente, que estão marcadas para 1 de fevereiro.