O antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, Eduardo Barroso, foi ouvido hoje como testemunha no julgamento da invasão à academia do Sporting, em Alcochete, que está a decorrer no tribunal de Monsanto, em Lisboa.
No Tribunal, Eduardo Barroso garantiu acreditar na inocência de Bruno de Carvalho e recordou alguns acontecimentos antes e depois do dia 15 de maio de 2018.
"Depois do post de Madrid, houve um jantar em minha casa, com o José Eduardo, o Daniel Sampaio, o João Trindade e os meus filhos, em que fiquei com a ideia de que estava a ser criado um ambiente mais favorável aos jogadores do que a ele [Bruno de Carvalho]", começou por lembrar Barroso.
O antigo dirigente dos leões esclareceu no entanto que não concordou com a atitude de Bruno de Carvalho. "Critiquei-o muito pelo post. Achei que tinha alguma graça, mas era ridículo", admitiu.
"Não acredito que Bruno de Carvalho tenha sido o mandante [do ataque]. Se acreditasse, não estava aqui", referindo ainda assim que o antigo presidente do Sporting "cometeu erros graves e entrou numa espiral destrutiva. Alertei-o para isso."
Ao longo do julgamento, que começou em 18 de novembro de 2019 e decorre no tribunal de Monsanto por questões de logística e segurança, já foram ouvidas mais de 60 testemunhas.
O processo tem 44 arguidos, acusados da coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.
Bruno de Carvalho, ‘Mustafá’, líder da Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos do Sporting, estão acusados de autoria moral de todos os crimes.
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