O Correio da Manhã avança esta sexta-feira na edição impressa que a Polícia Judiciária descobriu crimes relacionados com o caso e-toupeira, que envolve a Benfica SAD e o assessor jurídico Paulo Gonçalves, através de códigos utilizados na aplicação de mensagens ‘WhatsApp’.
José Silva (arguido no processo que está em prisão preventiva há seis meses) terá sido corrompido pelo assessor do Benfica SAD. O funcionário judicial era o 'amigo 66' na aplicação que ambos usavam para fugirem a escutas e traficarem informação de processos.
O matutino explica que Paulo Gonçalves nem sempre estava de acordo com o que lhe era enviado - informação sobre os 26 processos diferentes, e em segredo de justiça, que as duas toupeiras José Silva e Júlio Loureiro pesquisaram de forma ilegal mais de 500 vezes em troca de camisolas do Benfica, bilhetes para jogos e lugares de estacionamento no estádio da Luz.
"Interessante. Depois de estudar bem cheguei à conclusão que falta algo mais, depois falamos", terá respondido Paulo Gonçalves, a José Silva, no dia 13 de novembro de 2017.
Na origem desta troca de mensagens estava um processo no qual o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira era arguido por difamação, e que fazia parte da lista de informação que Paulo Gonçalves queria controlar.
Segundo a acusação do Ministério Público, o assessor jurídico - que está acusado de 79 crimes - agia sempre "reportando" a Luís Filipe Vieira, que conhecia e "aceitava todas as condutas" de Paulo Gonçalves.
José Silva e Paulo Gonçalves até tiveram o cuidado de apagar as mensagens de Whatsapp no telemóvel, mas não evitaram que a Unidade de Combate à Corrupção da PJ, depois de lhes ter apreendido os aparelhos, recuperasse os conteúdos.
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