Domingos Paciência foi oficialmente apresentado como treinador do Belenenses. O técnico explicou os motivos que o levou a aceitar o convite de Rui Pedro Soares, em vez de emigrar onde podia até ter melhores condições financeiras.
"Era muito fácil ir trabalhar para a Índia, para a Arábia Saudita, para o Egito. Digo já que era muito fácil. A decisão que tive foi a de abraçar um projeto que, de certa forma, já o conheço em termos de ambição e que me permita sentir-me bem no dia-a-dia, porque estou perto das pessoas de que gosto", disse o técnico aos jornalistas.
O antigo treinador do SC Braga, Académica, Vitória de Setúbal, entre outros, não olha para o Belenenses como um projeto para relançar a carreira.
"Quando abraça um projeto, um treinador corre riscos. Quem está por fora faz essa análise, mas que está por dentro, como é o meu caso, a análise que faço é que cometemos erros, nem sempre as coisas correm como desejamos, mas há uma coisa muito importante: no passado não podemos mexer. Só no presente e no futuro", contou, admitindo alguma angústia no tempo em que não esteve a trabalhar.
"É evidente que quando se está sem treinar e se deixar de se fazer aquilo de que se gosta é normal que se sinta alguma angústia. É um estado de espírito completamente diferente", acrescentou.
O técnico sublinhou que o objetivo até ao final da época passa por ganhar todos os jogos, mas o pensamento já está na próxima temporada.
"Pretendo trabalhar com todos e preparar a próxima época, fazendo uma análise profunda do plantel. Não vou impingir jogadores, vou conversar com a administração e ver que jogadores poderemos ter", atirou.
O Belenenses, que já garantiu a permanência, está no 12.º lugar da I Liga com 32 pontos. Na próxima a equipa recebe o Marítimo, em jogo da 30.ª jornada.
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