A Direção do Benfica, agora liderada por Rui Costa, vai chumbar a operação que faria com que o empresário norte-americano John Textor passasse a deter 25 por cento das ações da SAD encarnada.

A notícia está a ser avançada pela TVI.

A Benfica SAD comunicou na terça-feira à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que José António dos Santos celebrou um acordo para vender a John Textor 25% do capital social da SAD.

A comunicação da Benfica SAD surge depois desta ter recebido informações do acionista José António dos Santos, conhecido como o ‘rei dos frangos’, relativas aos acordos firmados com o empresário norte-americano.

José António dos Santos “outorgou com John C. Textor, dois acordos para venda de um total de 5.750.000 ações ordinárias, escriturais e nominativas, representativas de 25 % do capital social da Benfica SAD, condicionado ao pagamento” até 15 de setembro “do preço total acordado”, tendo sido adiantada a quantia de um milhão de euros, pode ler-se no comunicado.

A Benfica SAD já recebera na segunda-feira a mesma informação de John Textor, no mesmo dia em que o advogado de Luís Filipe Vieira, em entrevista à TVI, que existia “um contrato-promessa entre José António dos Santos, que foi comprando ações do Benfica para esse efeito, e o homem [John Textor] que está com negociações quase concluídas para comprar o Crystal Palace e que tem a maior cadeia de ‘streaming’ e eventos desportivos nos Estados Unidos”.

Manuel Magalhães e Silva acrescentou então que Textor “queria entrar no capital do Benfica, para trazer toda essa tecnologia e dá-se a possibilidade de ele comprar até 25% desse capital até 31 de outubro deste ano”, tendo dado “como sinal um milhão de euros”.

As declarações do advogado foram realizadas também no dia em que a CMVM suspendeu a negociação das ações Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD por pouco menos de duas horas “para a incorporação de informação".

Já esta quarta-feira, as 'águias' esclareceram que o empresário José António dos Santos (conhecido como 'Rei dos Frangos') e as suas empresas detém um total de 23,1061% do capital social da SAD e explicam que esta possível aquisição se encontra "sujeita à verificação de determinadas condições", entre elas a obrigatoriedade de aprovação em Assembleia Geral.