O vice-presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Sporting, Daniel Sampaio, negou hoje, em declarações à agência Lusa, que tivesse convidado alguém para uma eventual comissão administrativa, para tomar posse após derrube da direção em Assembleia-Geral (AG).
«Não convidei ninguém, nem há comissão administrativa em termos estatutários», disse Daniel Sampaio, em resposta à acusação, segundo a qual teria convidado várias pessoas para integrarem uma comissão administrativa que assumisse a gestão do clube após uma eventual queda de Godinho Lopes e seus pares em Assembleia-Geral.
O dirigente "leonino" aproveitou para esclarecer:
«Se é fonte oficial do Sporting deveria saber que se chama comissão de gestão e não administrativa. Mas não convidei ninguém para nenhuma comissão, nem administrativa, nem de gestão. É falso.»
Uma fonte do Conselho Diretivo dos "leões" acusou Daniel Sampaio de «tentativa de golpe de estado» por ter «convidado várias personalidades» ligadas ao clube, «à revelia do presidente da Mesa da AG, Eduardo Barroso», com o intuito de integrarem uma comissão administrativa para gerir o clube na sequência da queda do atual executivo, em Assembleia Geral.
A mesma fonte indicou os nomes de Alexandre Patrício Gouveia, do General Rocha Vieira, último Governador de Macau, e de Vera Jardim, colega de escritório do ex-presidente da República, Jorge Sampaio, irmão do mentor da iniciativa, e ex-Ministro da Justiça, como tendo sido contactados com esse propósito, além de três membros do atual conselho diretivo, cujos nomes não revelou.
«A atitude de Daniel Sampaio já vinha conformando o desrespeito pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Eduardo Barroso, depois de recente reunião que promoveu com as claques do Sporting», referiu esta fonte, para quem a iniciativa do vice-presidente da Mesa da AG representa «um desafio institucional» e uma «tentativa de golpe de estado».
Além destas duras críticas, Daniel Sampaio foi ainda acusado de «violar o artigo 21º dos estatutos», que dispõem que os membros dos órgãos sociais «têm o dever de respeito e solidariedade» para com os outros órgãos sociais e seus representantes.
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