O futebol profissional contribuiu diretamente com 396 milhões de euros (ME) para o PIB português em 2017/18, segundo um estudo da EY, com a diminuição do montante das transferências de jogadores a justificar a queda homóloga de 13%.
"A Liga Portugal e as sociedades desportivas analisadas geraram cerca de 607 ME em volume de negócios, contribuindo com cerca de 396 ME para o PIB português (0,2%) em 2017/18", lê-se no Anuário do Futebol Profissional Português, hoje apresentado no Estádio da Luz, em Lisboa, no âmbito das Jornadas Anuais da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
De acordo com a consultora, este peso da 'indústria da bola' sobre o PIB "seria maior se tivessem sido somados os impactos indiretos e induzidos do futebol na economia", como é o caso dos fluxos gerados no turismo e na comunicação social.
Quanto ao recuo de 13% do contributo do futebol para o PIB, a EY explicou que o mesmo se prende, sobretudo, com "a descida global do saldo de transação de direitos de atletas da Liga" portuguesa, que caiu mais de 50% em 2017/18 face à temporada anterior, de 167 ME para 80 ME.
"A Liga é ainda responsável por 95 cêntimos por cada euro que é gerado no futebol profissional, contribuindo com 376 ME para o PIB", assinalou a consultora.
De resto, o peso das transferências de jogadores nas receitas da Liga portuguesa na época 2017/18 ascendeu a 76%, o que leva a que a EY considere que "a contribuição do futebol [para o PIB] revela-se oscilante".
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