O processo de início de construção do novo recinto do clube poveiro já se arrasta há alguns anos, estando agora na fase final. Mas, dada a conjectura económica do país, os responsáveis do Varzim ponderam seguir outro caminho.
“Se os Estados discutem os seus grandes projectos porque é que clubes com a dimensão do Varzim não o poderão fazer”, afirmou à Agência Lusa o presidente em exercício do Varzim, Lopes de Castro.
O líder dos ‘alvi-negros’ lembrou que “o processo do novo estádio só avançou porque sempre foi dito que usar o Estádio Municipal estava fora de questão”, acrescentando: “Desde o início do projecto muita coisa mudou. Enquanto não for irreversível voltar a atrás, acho que se deve discutir até ao limite esta questão”.
O presidente do Varzim garantiu que caso se recupere a solução Estádio Municipal, “o clube iria assumir os melhoramento do recinto municipal (que tem apenas uma bancada), precisaria de construir uma sede na cidade e iria manter o projecto de ter um centro de formação”.
Garantindo que não houve, recentemente, conversas formais com a autarquia, proprietária do complexo municipal, sobre este assunto, Lopes de Castro disse que é necessário “ver se a alteração é viável e se há vontade política para tal”.
Mas, o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Macedo Vieira, aborda com reticências este assunto.
“Todo o processo burocrático da construção do novo estádio está praticamente concluído. Mas, na vida, nada é definitivo. O projecto pode ser pensado e repensado, mas sempre antes do início das obras”, analisou o autarca.
Sobre a autorização da autarquia para que o clube possa usar as instalações Macedo Vieira foi claro: “Podem jogar lá amanhã se quiserem. Agora alterar a estrutura do recinto é que não”, numa afirmação que põe em causa a viabilidade das intenções varzinistas.
Entretanto, o clube já comprou terrenos, junto ao Parque da Cidade local, para erguer o seu novo complexo, numa situação que teria agora de ser equacionada.
O acordo firmado com uma empresa de construção civil prevê que o clube ceda os terrenos onde estão as suas actuais instalações, na marginal da cidade, para que lá seja edificado um bloco residencial e comercial.
Em troca, a empresa construirá o novo estádio do Varzim e um centro de formação, nos terrenos adquiridos pelo clube, a escassos metros do já existente complexo desportivo municipal.
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