O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl (FPF), o seu homólogo espanhol e presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Angel Villar, o presidente do Sporting, José Eduardo Bettencourt, o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Vítor Pereira, o árbitro internacional Jorge Sousa e representantes das estruturas do sector de Brasil e França estão entre os convidados para o evento, entre 21 e 22 de Novembro.
"Se o caminho for aquele (generalizar-se a experiência de seis árbitros em cada partida, como na Liga Europa), é impraticável em Portugal porque temos cerca de 3.000 árbitros, quando já há reais necessidades de cerca de 8.500, havendo árbitros que têm que fazer vários jogos por fim-de-semana", afirmou o presidente da APAF, Luís Guilherme, na apresentação do congresso, em Lisboa.
Para o dirigente, "a formação de árbitros tem de ser mais actual, atractiva e com maior qualidade", e tem de haver uma "redistribuição dos recursos humanos", não fazendo sentido a actual divisão distrital. Para Luís Guilherme, a arbitragem pode "dar o exemplo ao País em termos de regionalização".
"Uma escola nacional de arbitragem, com estrutura profissional, é outra das ideias a pôr em prática. Tem de haver vontade política para profissionalizar a arbitragem. Não basta passar o tempo a falar nisso sempre que há polémicas ou maus resultados desportivos", continuou, criticando a demora em adaptar à nova legislação os estatutos e regulamentos de competições e de disciplina por parte da FPF.
Relativamente à introdução de tecnologias para auxiliar os juízes, o líder da APAF também se mostrou de acordo até porque "os árbitros são os mais interessados em errar o menos possível, através de todos os instrumentos, desde que seja uma ajuda para melhorar o jogo".
"A APAF faz um balanço amplamente positivo porque a maioria dos árbitros não está nos campeonatos profissionais e actua com as grandes dificuldades que se vivem em termos nacionais. Quanto às competições profissionais, também fazemos um balanço positivo de todos os jogos, reconhecendo que têm existido erros e vão continuar a existir... fazem parte desta actividade", completou.
O presidente da comissão organizadora do evento, o antigo presidente da APAF, Vítor Reis, justificou a presença do presidente do Sporting como orador pelo facto de se tratar, "talvez, do único dirigente de topo do futebol português remunerado", e adiantou que o comentador televisivo e promotor da petição "Pela Verdade Desportiva", Rui Santos, não se terá mostrado disponível para participar na discussão sobre as novas tecnologias.
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