O Benfica foi, entre os candidatos ao título, aquele que mais jogadores contratou e mais dinheiro gastou neste mercado de transferências de inverno.
As águias começaram por ir buscar o médio-defensivo Manu Silva ao Vitória SC para, no último dia, confirmarem a chegada de mais três reforços: Andrea Belotti e Samuel Dahl, que chegam por empréstimo, e Bruma, contratado ao SC Braga, naquela que terá sido a grande 'bomba' do fecho do mercado a nível interno.
Os reforços
Manu Silva foi, então, a primeira grande contratação das águias nesta janela de transferências de janeiro, confirmado como reforço ainda duas semanas antes do fecho. O médio-defensivo foi uma das revelações da primeira metade da época, em Guimarães, e o Benfica não hesitou em investir 12 milhões de euros na compra de 80% do seu passe. O jogador parecia encaminhado para assinar pelo Wolverhampton, mas foi desviado para os encarnados, por quem já disputou dois jogos, o último dos quais como titular.
Para a lateral esquerda, o Benfica trouxe Samuel Dahl, emprestado pela Roma a troco de 300 mil euros, ficando as águias com uma opção de compra definitiva fixada nos 8 milhões de euros. Dahl, de 21 anos, já por uma vez internacional sueco, levava apenas três encontros jogados pela Roma em 24/25, estando na sua segunda temporada no conjunto italiano e chega para compensar a saída de Jan-Niklas Beste, vendido ao Freiburg.
Também de Itália, mas bem mais experiente, chegou o avançado Andrea Belotti, 31 anos, cedido pelo Como. Belloti, que conta com mais de 40 internacionalizações pela seleção principal de Itália. Vem por empréstimo do Como, com as águias a terem apenas de suportar o seu (elevado) salário. Belotti, que se destacou sobretudo com a camisola do Torino, disputou apenas sete jogos como titular (em 19 presenças) e marcou apenas dois golos na primeira metade da época pelo Como, onde chegou no início da temporada, contratado à Roma.
E, depois, veio a surpresa: Bruma. Os rumores começaram por surgir à hora de almoço e à hora de jantar chegou a oficialização: o extremo internacional português de 30 anos, formado no Sporting, é mesmo reforço do Benfica, que pagou ao SC Braga 6,5 milhões de euros pela sua contratação. Com Di María a contas com problemas físicos, as águias investiram na contratação de um jogador que estava a realizar (mais) uma excelente temporada no Braga: 8 assistências e 13 golos em 31 jogos.
As saídas
No que toca a saídas de relevo em janeiro na Luz, destaque apenas para a partida de Jan-Niklas Beste ao fim de apenas seis meses de águia ao peito. O esquerdino alemão não se afirmou e foi vendido ao Freiburg pelos mesmos 8 milhões de euros pelos quais tinha sido contratado no verão ao Heidenheim. Ainda assim, despediu-se com 22 jogos (8 a titular) disputados, dois golos e duas assistências.
Logo a abrir janeiro, o Benfica deu por terminado o nada bem-sucedido empréstimo de Issa Kaboré, lateral direito que se encontrava cedido pelo Manchester City desde o verão. Acabou por estar em apenas sete encontros e disse adeus à Luz sem deixar saudades.
Outra dor de cabeça resolvida foi Soualiho Meïté. As águias não o tinham conseguido colocar em qualquer clube antes do fecho do mercado de verão e acabaram por inscrevê-lo na Liga, mas nunca foi opção. A meio de janeiro foi cedido ao PAOK, tendo o emblema grego ficado com opção de compra definitiva no final da temporada.
Os rumores que não se confirmaram
Os rumores, para os lados da Luz, neste mercado de inverno prenderam-se sobretudo com saídas que acabaram por não se concretizar. António Silva foi apontado à Juventus, mas entretanto até acabou por recuperar a titularidade e Álvaro Carreras, em plena afirmação, chegou a ver noticiada a possibilidade de regressar ao Manchester United, mas segue nas águias.
Arthur Cabral, com a titularidade tapada por Pavlidis e com a chegada de Belotti, foi dado como possível reforço de clubes da MLS, apontado a um possível regresso ao Brasil, ao Torino e, nos últimos dias, a uma ida para o West Ham, mas os negócios acabaram por cair por terra. O Benfica fica, assim, com quatro pontas de lança no plantel para a segunda metade da época: Pavlidis, Belotti, Arthur Cabral e Amdouni.
Quem também não saiu foram os argentinos Rollheiser e Prestianni. Este último foi alvo do interesse do Bologna, enquanto o primeiro também terá tido algumas propostas, mas continuam na Luz, apesar de, face às entradas de mais homens para a frente, irem ter vida ainda mais complicada nas opções de Bruno Lage. Ainda assim, é bom lembrar que o mercado continua aberto na Turquia, bem como noutros países fora da Europa.
Quanto a entradas que não se confirmaram, destaque para três homens apontados à lateral esquerda: Daniel Svensson, Tyler Malacia e Angél Torres. Todos eles mudaram de clube nesta janela de transferências, mas para outras paragens.
Como fica o plantel principal
Guarda-redes: Trubin, Samuel Soares, André Gomes
Defesas laterais: Bah, Carreras, Dahl
Defesas centrais: Otamendi, António Silva, Tomás Araújo, Bajrami
Médios: Florentino, Leandro Barreiro, Manu Silva, Kokçu, Aursnes, Renato Sanches
Extremos: Bruma, Di María, Akturkoglu, Schjelderup, Rollheiser, Prestianni
Avançados: Pavlidis, Arthur Cabral, Amdouni, Andrea Belotti
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