O treinador do Marítimo, Cláudio Braga, disse hoje que tem preferência pelo futebol ofensivo e deixou a promessa de que vai "dar tudo" pelo clube madeirense, ao qual chegou este verão para substituir Daniel Ramos.

Um dia após a segunda vitória em dois jogos oficiais com os 'verde rubros', ao derrotar o Santa Clara, por 1-0, nos Barreiros, no arranque da I Liga, Cláudio Braga falou ao programa 'Marítimo na TSF' e deixou as suas ideias táticas.

"Gosto que uma equipa não se sinta amarrada. Gosto que os jogadores sintam confiança para atacarem o espaço, dando liberdade aos laterais e aos centrais para atacarem e conduzirem a bola. Ter dinâmica de jogo no meio-campo, em que se pensa o jogo para a frente, e ter jogadores à frente que não tenham medo de desequilibrar, irem à procura do último passe, do um contra um, de rematarem e fazerem golo", referiu.

O objetivo está fixado nos lugares que dão acesso à Liga Europa, mas o técnico quer ir por etapas, pensando jogo a jogo, sempre a lutar pelos três pontos, seja qual for o adversário ou o campo.

Com o mercado de transferências ainda aberto, a possibilidade de chegar mais alguma 'cara nova' é "bem-vinda", o que não retira valor ao plantel atual.

"Temos um plantel equilibrado, competitivo, muito trabalhador, com muitos jogadores a pensarem o jogo e a quererem dar resposta. Tudo o que for para melhorar o Marítimo, é bem-vindo, mas, se continuar com este plantel, fico muito satisfeito", comentou.

Cláudio Braga chegou esta temporada ao Marítimo e relembrou o momento em que recebeu a chamada do presidente do clube insular, Carlos Pereira, após ter subido o Fortuna Sittard ao principal escalão do futebol holandês.

"Tinha um compromisso muito claro com o presidente do Fortuna [Sittard] se aparecesse um convite de um clube maior. Ele disse que tinha pena em me deixar sair, mas que compreendia. Quando o senhor Carlos Pereira me ligou, senti-me muito honrado e com muito orgulho. Poder estar nesta função a servir o Marítimo é algo muito especial. O compromisso está feito e desde o primeiro ao último minuto que estiver aqui, é para dar tudo e servir o clube", afirmou.

Holanda é um país que diz muito a Cláudio Braga, já que se mudou para lá com quatro anos e, depois de tirar o curso de treinador, o qual começou aos 21 anos, passou na formação de emblemas como PSV Eindhoven, Feyenoord e FC Utrecht.

Sobre as diferenças em relação ao futebol português disse: "Não diria que é muito diferente. Penso que o jogo na Holanda é talvez mais posicional. Em Portugal, temos equipas com mais dinâmica e criatividade e também mais focadas no resultado, enquanto que, na Holanda, pensa-se muito em desenvolver as equipas."