Domingos Soares de Oliveira diz não compreender quem coloca em causa a justiça do título do Benfica. Em entrevista ao programa Eco24, da TVI24, o dirigente 'encarnado' admite que o clube possa ter beneficiado de algum erro de arbitragens, tal como aconteceu com os rivais.
"Foi uma vitória justa. Erros? Uma campeonato é uma prova de resistência, não se decide pelo jogo A ou B, pode haver um erro a nosso favor no jogo A e depois no B a favor do nosso adversário. Nas lutas diretamente com os principais rivais, ganhámos praticamente todas. No ponto de vista de eficácia, voltámos quase aos anos 60/70. Uma pessoa honesta não coloca em causa o resultado deste campeonato, porque eu sei que é desagradável para os nossos adversários, mas ver a performance que tivemos é difícil para eles. É um campeonato irrepreensível", defendeu Domingos Soares de Oliveira.
O CEO do Benfica abordou ainda a performance do clube nas provas europeias onde o Benfica falhou nas duas últimas épocas. Para Domingos Soares de Oliveira, os 'encarnados' têm de estar, no mínimo, nos oitavos-de-final da liga milionária. Quanto a vencer a prova, admite que será difícil. E deu o exemplo do FC Porto.
"É fulcral estar no espaço europeu e o nosso projeto é olhar para os nossos concorrentes como os clubes que estão a um nível mais elevado na Europa. É fulcral estar nos oitavos de final e depois qualquer coisa pode acontecer, mas temos de perceber que o último clube a vencer uma Champions não estando no lote das cinco maiores ligas foi o FC Porto em 2004", lembrou.
Outro tema abordado foi o desequilíbrio que existe entre a Liga portuguesa e os restantes campeonatos como Espanha, Inglaterra, Alemanha, Itália e França. Domingos Soares de Oliveira lembrou que este desequilíbrio não se deve ao facto de os direitos televisivos não serem negociados de uma forma centralizada.
"Em termos nacionais a desproporção de orçamentos é muito grande, mesmo não contando com o que se vai buscar em termos internacionais. Em termos de receitas, muitos clubes portugueses veem-se atrapalhados para chegar a quatro a cinco milhões de euros. O nosso campeonato, nesse ponto de vista, é completamente desequilibrado e não é por os direitos televisivos não serem negociados de uma forma centralizada, - como é que essa negociação é feita, quem é que a faz e o mercado português esteve inquinado durante algum tempo em relação a essa matéria - , é porque há clubes na I Liga que têm uma dimensão muito reduzida", recordou.
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