Várias personalidades internacionais do mundo do futebol comentaram o caso Marega, jogador maliano do FC Porto que abandonou o relvado este domingo, frente ao Vitória de Guimarães, depois de sofrer com insultos racistas dos adeptos minhotos.
Arsène Wenger, antigo treinador do Arsenal, diz que é preciso punir "severamente" as pessoas que insultam os jogadores mas defende que sair do campo não é a melhor solução.
"Claro que temos de ser contra o racismo, porque é uma forma de violência, mas acho que também pode ser uma ferramenta para parar facilmente um jogo a cada vez que acontece. Temos de identificar quem o faz [comportamentos racistas] e puni-los severamente, banir estas pessoas dos jogos. Esse tem de ser o primeiro passo", respondeu o francês, na conferência de imprensa antes dos 'Prémios Laureus', esta noite, em Berlim.
Ruud Gullit, antigo avançado holandês, teceu críticas aos jogadores do FC Porto por não terem acompanhado Moussa Marega na sua decisão de deixar o relvado, após os insultos.
"Culpo os outros jogadores. Eles deviam tê-lo protegido e marcado uma posição, saindo também de campo. Tal como os adversários, também deviam ter abandonado o jogo. A responsabilidade não devia ser apenas do jogador afetado e isso é o que acho mais desapontante. As provocações fazem parte do futebol, mas o racismo é algo diferente. Se se ouvirem sons a imitar macacos ou bananas são atiradas, isso ultrapassa os limites", comentou o antigo jogador do AC Milan, em conferência de imprensa, antes dos 'Prémios Laureus, em Berlim.
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