Esta quinta-feira, o New York Times publicou um artigo sobre a carreira do guarda-redes espanhol intitulado "Iker Casillas lembra-se de tudo". A publicação conta com vários testemunhos do ex-jogador do FC Porto, nomeadamente sobre a mudança de Madrid para o Porto.
"Precisava de um pouco de paz, de ficar calmo para voltar a aproveitar novamente", começou por admitir, acrescentando que "não gostava de me ver na imprensa todos os dias, nem no meio de certas discussões. A melhor opção era ir embora. Mesmo sendo o lugar onde cresci, que foi a minha casa, o lugar onde muita gente sofreu comigo. Eu não queria essa angústia".
Além disso, Iker Casillas recorda ainda a "loucura" de 2011, quando o Real Madrid enfrentou o rival Barcelona por quatro vezes em apenas 18 dias.
"Não estávamos preparados para jogar quatro clássicos num mês. Havia muita tensão, muita loucura. A rivalidade ficou enredada e exacerbada pela questão da independência catalã e a certa altura parecia ser mais política do que futebol. Tudo o que eu queria era não deitar mais achas na fogueira", lembrou Casillas, frisando que tinha de ser neutro por ser capitão da seleção espanhola.
O guardião espanhol, recorde-se, sofreu um enfarte do miocárdio durante um treino do FC Porto no dia 1 de maio de 2019 e não mais voltou a jogar desde então.
Desde então, não voltou a jogar, e em agosto, anunciou a retirada oficial dos relvados. Com ‘la roja’ conquistou um Campeonato do Mundo (2010) e dois Europeus (2008 e 2012), além de vários prémios, e nos ‘merengues’ conquistou três Ligas dos Campeões, um Mundial de clubes, uma Taça intercontinental e duas supertaças europeias.
Na Liga espanhola foi campeão cinco vezes, sempre com o seu clube desde a formação, o Real Madrid, pelo qual venceu ainda duas Taças do Rei e quatro supertaças espanholas. Em Portugal, onde chegou 2015/16 para representar o FC Porto, conquistou apenas um título nacional (2017/18) e uma supertaça (2018).
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