"Não temos tido muitas lesões musculares no nosso percurso [da equipa técnica], cumpre-nos conhecer as causas, uma delas é a densidade competitiva, claro, mas isso não explica tudo", disse Carlos Carvalhal, em conferência de imprensa.
O treinador quer "tentar perceber junto do departamento médico porque é que isto acontece", considerando que há um conjunto de fatores que influenciam, desde "os treinos, os jogos, a alimentação" até à mudança de treinador.
"Porque os jogadores jogam num registo com um [treinador] e há requisitos diferentes para uma forma de jogar diferente, pedindo coisas que os jogadores não estavam a fazer. A exigência é diferente, não é melhor ou pior, e isso pode acarretar lesões musculares. No nosso processo, é altamente anormal o que está a acontecer", reconheceu.
Diante do Moreirense, que venceu as duas primeiras jornadas, Carlos Carvalhal perspetiva um "jogo difícil" frente a "uma equipa organizada e moralizada", com "valor e competência".
"O Sporting de Braga vem numa sequência de jogos muito grande, precisamos do apoio da massa associativa. Às vezes digo que são os jogadores que têm que puxar pelos adeptos, mas agora é a massa associativa que tem que puxar pela equipa e sei que vai responder ao repto e empurrá-la com uma energia extra, que será determinante para vencermos", disse.
A receção aos 'cónegos' dá-se a meio do play-off que dá acesso à fase regular da Liga Europa com os austríacos do Rapid Viena, que os minhotos visitam na próxima quinta-feira, após a vitória por 2-1, em Braga.
"Jogamos com equipas que têm uma semana inteira para preparar o jogo, mas são as dores de crescimento, estamos no Sporting de Braga e sabíamos que ia ser assim, é um desafio", disse.
O técnico espera por reforços até ao fecho do mercado e manifestou o desejo de que, após a paragem do campeonato para os compromissos das seleções nacionais, possa ter mais opções para fazer uma gestão "ainda mais eficiente" do que tem feito.
Em dois dos três jogos em que orientou a equipa, o treinador só fez três substituições, o que Carlos Carvalhal explica pelo maior conhecimento de alguns jogadores e não por sentir que tem poucas opções no banco.
"Entrei há pouco tempo e não conheço em profundidade os jogadores, exceto os que já conhecia e da análise que fiz, pelo que é natural que, quando tenha que fazer uma opção, vá pelo que conheço melhor e opte pelo André Horta ou pelo Gorby. Com a importância dos jogos que temos tido e pelos resultados muito apertados, não tem dado para me expandir muito mais. Vou pelo que é mais seguro, mas não é por falta de confiança nos jogadores", disse.
Na sexta-feira, o clube anunciou a contratação do lateral esquerdo Yuri Ribeiro que vai substituir o polaco Wdowick, que teve problemas de adaptação.
"Estava a treinar individualmente e vai demorar a sua integração, mas estou muito contente [com a sua chegada], é um bracarense, é de Vieira do Minho, jogou pelas camadas jovens do clube, é um jogador da casa e isso é importante e foi determinante na escolha porque precisávamos de uma alternativa ao Marín. Não vai estranhar a comida, nem o clima, fala a mesma língua, está habituado a comer bacalhau com broa e cabrito", assinalou.
Quanto ao defesa polaco, disse ter sido "muito bem contratado" face aos números que apresentava, mas sentiu "dificuldades de adaptação: "Vamos encontrar uma solução para ele se desenvolver e poder eventualmente regressar, mas precisamos de jogadores para responder agora em função da densidade de jogos".
Tal como Bruma, Niakaté e João Moutinho continuam lesionados, mas Paulo Oliveira e Vasconcelos já integraram os treinos. Banza, relegado para a equipa B por questões disciplinares, também é baixa certa.
Sporting de Braga, sexto classificado, com quatro pontos, e Moreirense, quarto, com seis, defrontam-se a partir das 20:30 de domingo, no Estádio Municipal de Braga, num jogo que será arbitrado por Nuno Almeida, da associação do Algarve.
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