O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, disse hoje estar preparado para uma eventual saída do treinador Daniel Ramos, embora prefira que o técnico, que se estreou esta época na I Liga de futebol, continue nos insulares.
"Não me surpreende nada e estou sempre preparado para aquilo que acontece no futebol, porque já são muitos anos que levo nisto. Sei que já houve algumas sondagens, em que não aconteceu nada, mas tudo pode acontecer e o Marítimo está sempre preparado", afirmou aos jornalistas, após a apresentação do torneio 'Marítimo Centenário 5'.
O dirigente pretende que Daniel Ramos, que chegou à Madeira em setembro de 2016, proveniente do Santa Clara, para substituir o brasileiro Paulo César Gusmão, prossiga o seu trabalho nos 'verde rubros' mas admitiu que um cenário contrário também pode favorecer o clube.
"Gostaria que ele continuasse a desenvolver o seu trabalho, mas, sempre que vejo algum atleta ou treinador do Marítimo subir alguns degraus, posso dizer que fico feliz, porque é o nome do Marítimo que vai estar sempre associado a essa formação e, quanto mais circularmos os nossos ativos, melhor para o Marítimo e para a região", referiu.
Para reforçar essa ideia, Carlos Pereira deu o exemplo de Pedro Martins, atual técnico do Vitória de Guimarães, que orientou o Marítimo entre 2010 e 2014 e "passou de desempregado a estrela do futebol".
Em relação a Daniel Ramos, o nome tem sido "badalado na comunicação", mas o presidente dos 'verde rubros' lembra que os "ativos têm de ser compensados" e os interesses do clube e do treinador têm de ser "salvaguardados".
Carlos Pereira falou ainda sobre a Taça de Portugal, cuja final vai ser disputada entre Benfica e Vitória de Guimarães no Jamor, o que significa que o sexto lugar, ocupado atualmente pelo Marítimo, pode dar acesso à Liga Europa na próxima temporada.
"Vamos continuar a trabalhar jogo a jogo, vamos pensar que é possível manter este lugar e vamos pensar que é possível atingir essa pré-eliminatória da Liga Europa", comentou.
O campeonato teve uma "viragem muito grande", salientou, mas deixou claro que a situação não vai alterar o que os madeirenses haviam projetado.
"Trabalhamos em função de nós. A partir do momento que atingimos este patamar, não pensamos mais no trabalho efetuado pelos outros", acrescentou.
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