O Benfica venceu esta sexta-feira a Académica por 3-0, em jogo que abriu a nona jornada e a vitória coloca os encarnados provisoriamente no segundo lugar da Liga de forma isolada.
Como tem acontecido nos últimos jogos, Cardozo continua a ser o ‘salvador’ de Jesus. Foi dele o primeiro golo do encontro e acabou por estar no segundo, de forma indirecta. Tacuara colocou-se no meio dos dois centrais no momento do cruzamento , saltou, mas não chegou à bola, que foi direitinha à cabeça de Marcelo Goiano, que ‘cortou’ para golo. O terceiro veio já perto do final, com Markovic a marcar um belo chapéu a Ricardo.
O resultado é enganador. Bastante até. Não porque a Académica, mais parca em recursos do que o Benfica, tenha feito muito para chegar ao golo, mas porque deste Benfica se espera sempre mais. Só que o mais, que se viu durante a época passada, teima em não aparecer. Jesus já explicou que é preciso tempo para voltar às grandes exibições, mas chegados quase ao final do primeiro terço do campeonato não se vislumbra uma luz ao fundo do túnel.
O jogo fraco, e a presença de Cardozo, foram suficientes para bater os estudantes, que até tentaram jogar ‘olhos nos olhos’ com o Benfica, principalmente depois dos primeiros 15 minutos de jogo e até à meia hora. A ‘avenida’ que foi aberta para a passagem de Djavan, aos 17 minutos, podia ter dado muito mau resultado e colocar a equipa lisboeta em apuros. O médio correu desde o seu meio-campo, qual Bolt, e só foi travado à entrada da grande área por um corte de Garay, numa grande atrapalhação.
O meio-campo que em outras alturas foi decisivo neste Benfica, continua sem se encontrar. Gáitan tem alguns ‘rasgos’, a espaços, mas é intermitente. Tal como Matic e Enzo. As laterais hoje também não funcionaram. Maxi e Cortez, a substituir o lesionado Siqueira, não imprimiram a profundidade necessária no ataque.
O jogo não melhorou na segunda parte. O Benfica foi gerindo o resultado confortável, numa poupança de forças para o jogo de terça-feira na Grécia, e a Académica não foi capaz de construir jogadas de ataque, com a partida a ser disputada a meio campo.
Jesus trocou Ivan Cavaleiro por Markovic e mais tarde Lima por Ruben Amorim. A entrada do sérvio foi aposta ganha. Imprimiu ritmo, frescura e foi coroado, aos 85’, com um grande golo, de chapéu a Ricardo, no melhor momento da noite.
Curiosamente, nas duas últimas épocas, em que o futebol tinha «nota artística», os encarnados não conseguiram levar de Coimbra os três pontos. No ano em que a exibição é fraca, os encarnados amealham três pontos e ficam isolados, provisoriamente, ao segundo lugar da Liga. O Sporting só joga amanhã, com o Marítimo.
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