Bruno de Carvalho já reagiu à notícia das buscas da Polícia Judiciária na Luz, no âmbito do ´Caso dos Vouchers`. O presidente do Sporting convocou uma conferência de imprensa em Alvalade onde elogiou a iniciativa da PJ mas atacou a forma como o Benfica reagiu ao mesmo. Recorde-se que, em comunicado, os ´encarnados` sublinharam que foram eles quem solicitaram a averiguação dos factos juntos da FPF, que encaminhou o caso para a PJ.
"Dizer que as buscas deriva de uma atitude do Benfica... o que o Benfica fez foi uma queixa sobre mim na FPF, não pediu para averiguar nada. A Federação [Portuguesa de Futebol] mandou o caso para a Liga. Perderam na Liga, perderam no Conselho de Justiça da Liga, no Conselho de Disciplina da Federação e nesta altura tem um recurso no Tribunal Arbitral do Desporto", começou por esclarecer Bruno de Carvalho, antes de continuar.
"O Benfica tem de ter a noção que o mundo não começa nem acaba na Segunda Circular. Há mais pessoas no mundo, mais informação no mundo. Nada do que está a acontecer [buscas da PJ] partiu do Benfica, nada do que está a ocorrer parte da boa vontade do Benfica", sublinhou BdC, que expressou um desejo.
"Espero que se tenha coragem de levar o assunto até as últimas consequências. As coisas até podem nascer tortas mas podem acabar bem. Dou os parabéns à equipa de investigação. Espero que continue a fazer o seu trabalho, de forma corajosa", desejou.
O presidente do Sporting criticou ainda a Comunicação social pela forma como tem tratado o tema. BdC sublinha que a questão da oferta dos vouchers do Benfica a árbitros não pode ficar impune.
"Não podemos olhar para este assunto e esquece-lo, passar uma borracha e fingir que nada se passou. O Benfica queixa-se de algo que é factual, todos a gente já percebeu isso. Tudo partiu de uma denúncia que foi feita e que foi comprovada que era verdade. Depois deste processo todo, gostaria que vissem como a FPF indagou e fez iniciar este processo. Sei porque fui chamado a depor, a forma com foi feita a pergunta fez-me lembrar um referendo feito há uns anos. A forma como fazemos as perguntas induz que as coisas acontecem ou não. Um dia os documentos serão públicos e vocês vão perceber. O que vi chocou-me enquanto cidadão", frisou.
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