O Boavista reagiu hoje ao castigo de quatro jogos aplicados ao seu futebolista David Simão, considerando haver "dois pesos e duas medidas", porque "a alguns tudo lhes é permitido" por "impunidade ou inimputabilidade".
O castigo, conhecido na quarta-feira, surgiu na sequência do encontro Moreirense-Boavista, da última jornada, que os 'axadrezados' perderam por 2-1, depois de terem estado a vencer 1-0.
"Quando no final do jogo dissemos que tínhamos um balneário revoltado e que os jogadores sentiam tudo isto, era a isto que nos referíamos. Os jogadores sentem essa revolta", diz o administrador da SAD boavisteira Diogo Braga, em reação enviada à agência Lusa.
Diogo Braga acrescenta que o Boavista tem "tolerância zero" e que todos sabem que "no Boavista é preciso trabalhar o dobro para alcançar os objetivos".
David Simão foi punido com quatro jogos de suspensão, três por "palavras dirigidas ao delegado da Liga na saída para o intervalo" e um "ao minuto 90", quando o Moreirense substituiu Arsénio por Teixeira.
"Sabemos que temos tolerância zero. Não deveríamos, mas já nos vamos habituando a estas situações e vamos saber lidar com elas", refere Diogo Braga.
Além de ter perdido esse jogo com o Moreirense e David Simão para as próximas quatro jornadas, o Boavista viu ainda o defesa-central brasileiro Neris ser punido com uma partida de suspensão, expulso por ter visto dois cartões amarelos.
O diretor desportivo do Boavista, o ex-avançado Fary Faye, foi ainda punido com 16 dias de suspensão, por reincidir nos "protestos e atitude incorreta para com a equipa de arbitragem", enquanto foi instaurado um processo disciplinar ao treinador de guarda-redes do Boavista Alfredo Castro.
"Não será isto que nos irá demover. Pelo contrário, faz-nos mais fortes. Unidos, adeptos, jogadores, treinadores e todo o 'staff', saberemos dar a resposta", afirma Diogo Braga, anunciando que "o departamento jurídico do Boavista está já a preparar o recurso" dos castigos.
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