O Boavista esclareceu esta quarta-feira que as buscas de que o clube foi alvo pela Polícia Judiciária e pela Autoridade Tributária sucederam devido a “empresa ou empresas que têm ou tiveram” ligações comerciais com o emblema portuense.

“Muito embora nada tivesse a ver, diretamente, com a instituição Boavista, mas com empresa ou empresas que connosco têm ou tiveram acordos comerciais, toda a disponibilidade e colaboração foram dadas às autoridades envolvidas. Queremos deixar claro que nenhum dirigente ou quadro da instituição Boavista foi alvo de buscas domiciliárias por parte das autoridades”, lê-se na página oficial do clube na rede social Facebook.

O comunicado é assinado pela direção do Boavista e pelo Conselho de Administração da SAD ‘axadrezada’.

Uma operação de combate ao branqueamento de “milhões de euros” culminou hoje com a realização de 13 buscas, incluindo nas sociedades anónimas desportivas do Boavista, no Porto, e do Gafanha, em Ílhavo, em dois escritórios de advogados e dois cofres bancários do Norte

Em comunicado, a Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ) refere que foram levadas a cabo 10 buscas domiciliárias e três não domiciliárias nos concelhos de Porto, Vila Nova de Gaia, Guimarães e Aveiro, sem especificar os alvos concretos.

“De acordo com o apurado até ao momento pela investigação, em causa estará a não entrega da prestação tributária devida, e a sua subsequente ocultação através do desenvolvimento de atividade empresarial relacionada com a realização e gestão de eventos desportivos”, indica a PJ.

Até agora, afirma a polícia, “foi identificada uma vantagem patrimonial de milhões de euros".

Os suspeitos, especifica o comunicado, “serviam-se de diferentes ferramentas, entre os quais a utilização de faturação falsa emitida por empresas nacionais e estrangeiras e a ocultação de proveitos”.

Para o branqueamento “foram usados mecanismos como a aquisição de bens móveis e imóveis por sociedades exclusivamente constituídas para o efeito, assim como o investimento em organizações desportivas, com conluio de agentes desportivos” e “para concretizarem as atividades ilícitas referidas os suspeitos recorreram a aconselhamento jurídico e técnico especializado”.

As buscas foram realizadas no âmbito de um inquérito crime do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, 12.ª secção, envolvendo 80 efetivos entre magistrados judiciais e do Ministério Público, agentes da Diretoria do Norte da PJ e inspetores tributários da Direção de Finanças do Porto.

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