Após duas derrotas seguidas frente aos principais rivais, o Sporting chegava ao Bessa obrigado a vencer para adiar, pelo menos por mais uma semana, a decisão do título. Não só fez o que lhe competia, como ainda beneficiou do tropeção do FC Porto em Braga para encurtar a distância para seis pontos. Aliás, quando entrou em campo, a equipa de Rúben Amorim já sabia que não haveria festa azul e branca nessa noite. O que retirou pressão aos leões, que souberam aproveitar os deslizes do adversário para construir um triunfo confortável por 3-0.
A revalidação do título é quase uma miragem, mas o Sporting continua a dar luta. E está agora a um ponto de reservar um lugar na próxima edição da Liga dos Campeões.
Veja o resumo
Sem Paulinho (castigado) nem Slimani (por opção), Rúben Amorim apostou num ataque mais móvel e dinâmico face à entrada de Marcus Edwards, com Sarabia a servir de referência no centro. No entanto, o Sporting demorou a criar situações de golo junto da baliza do Boavista. Foi já ao minuto 25 que Pedro Gonçalves rematou contra Bracali, na recarga a uma primeira defesa a cruzamento tenso de Nuno Santos. Antes, Neto já havia intercetado um remate de De Santis, numa tentativa dos axadrezados de assustar em contra-ataque, valendo-se das arrancadas de Kenji Gorré.
À segunda ocasião, o Sporting chegou ao golo. Um corte incompleto de Porozo deixou a bola à mercê de Pedro Gonçalves, este tocou de calcanhar e Sarabia deixou passar para Matheus Nunes (37'), que rematou de primeira para inaugurar o marcador - a bola ainda tocou no poste antes de entrar na baliza. A equipa leonina até podia ter ido para o intervalo a vencer por 2-0, mas o remate em jeito de Sarabia foi travado por uma grande defesa de Bracali.
O descanso fez bem ao Sporting, que passou a trocar melhor a bola, enquanto o Boavista conseguiu aproximar-se mais vezes da baliza de Adán. Aos 56' Gorré fugiu pela esquerda e cruzou para Nathan, que dominou mal e acabou por deixar em Makouta, com este a rematar ligeiramente ao lado do poste. Na resposta, bastante caricata, diga-se, apareceu o segundo golo dos leões. Esgaio lançou Edwards na direita, este tentou cruzar para a grande área, a bola desviou em Abascal e foi ao poste contrário (58'), passando depois a linha de golo, apesar do esforço de Bracali para a tentar tirar.
O pesadelo de Abascal não terminou aqui e, aos 83’, derrubou Tabata na área, com o brasileiro (que substituíra Pedro Gonçalves) a apontar da marca da grande penalidade o 3-0. Houve ainda um golo anulado a Gonçalo Inácio, por fora de jogo de Feddal, numa altura em que o Boavista, que acusou sobremaneira a ausência de Musa, mostrava-se incapaz de criar perigo.
Na próxima jornada, haverá novo 'match point' do campeonato e uma coisa é certa: mesmo que o FC Porto vença o Vizela no sábado (19h00), terá de esperar pelo desfecho do Sporting-Gil Vicente, que se joga no dia seguinte.
O momento
Autogolo do Boavista: Os axadrezados tinham ameaçado o empate dois minutos antes, mas quis o destino que o golo surgisse na outra baliza. A jogada do Sporting é bastante boa, mas acabou por ser uma infelicidade de Rodrigo Abascal, que marcou na própria baliza, a culminar no 2-0. Um golo que abalou por completo a equipa de Petit.
O melhor
Matheus Nunes: Assinou o quarto golo esta temporada e abriu caminho ao triunfo do Sporting, que até então mostrava dificuldades na definição. O médio tem estado em quebra de forma, mas ganha um novo alento para o que resta da temporada.
O pior
Abascal: Foi uma noite para esquecer para o uruguaio, que acabou por ficar ligado a dois dos três golos do Sporting. Infeliz no lance do 2-0, pedia-se outra abordagem na disputa com Tabata, um penálti desnecessário que o brasileiro transformou no 3-0.
Reações
Rúben Amorim diz que a equipa tem que voltar ao seu nível, Matheus Nunes focado nos jogos que faltam
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