O Sporting venceu de forma incontestável em casa do Boavista (2-0), no jogo que encerrou a 15.ª jornada da I Liga, mantendo assim a distância para o FC Porto, segundo classificado da prova, e abrindo seis pontos de vantagem para o Benfica a uma semana do dérbi. A equipa de Rúben Amorim demorou algum tempo a entrar no encontro, mas o golo de Nuno Santos abriu caminho a um rol de oportunidades que poderiam ter dado um resultado mais volumoso sobre os axadrezados, sentenciado no segundo tempo pelo golaço de Porro.
Sem Pedro Gonçalves (castigado) e com Matheus Nunes no lugar de Palhinha, o Sporting rapidamente assumiu as despesas do jogo perante um Boavista a jogar num esquema de três centrais, e que tentava criar perigo no contra-ataque. Aos 22 minutos, no primeiro remate dos 'leões' na partida, Nuno Santos desviou um cruzamento de Nuno Mendes para o fundo das redes. Fábio Veríssimo começou por assinalar posição irregular do extremo, mas o VAR validou o golo por 10 centímetros.
A partir daí intensificou-se o domínio do Sporting. Jovane viu Porozo negar-lhe o golo em cima da linha e João Mário, depois de fintar Rami com muita classe, atirou contra as pernas de Léo Jardim. O Boavista acusou o golo sofrido e só conseguiu assustar perto do descanso. Aos 39 minutos, Neto fez um atraso arriscado para Adán, mas o guardião espanhol, com a ajuda preciosa de Coates, conseguiu antecipar-se a Elis, que ainda teve um golo anulado por fora de jogo aos 45'.
Jesualdo Ferreira abdicou da linha de cinco defesas para a segunda parte (Benguche entrou para o lugar de Gustavo), com os axadrezados a oscilarem entre um 4x3x3 e um 4x1x3x2. O Boavista começou a subir mais no terreno, mas nem de bola parada conseguia incomodar Adán.
Ainda assim, a primeira oportunidade da segunda metade foi do Sporting: Nuno Santos ultrapassou Reggie Cannon em velocidade e entregou o golo a Sporar, que falhou à boca da baliza. Aos 60' João Mário conduziu um contra-ataque em superioridade e rematou em posição frontal, mas ligeiramente por cima, à entrada da grande área.
Acabou por ser Pedro Porro a dissipar quaisquer dúvidas sobre o rumo do jogo, apenas três dias depois de marcar o golo da vitória do Sporting na Taça da Liga: a jogada começou num cruzamento para a área que a defesa do Boavista afastou, o espanhol recebeu a bola a trinta metros da baliza, tirou Hamache do caminho e disparou uma bomba ao ângulo, sem hipótese para Léo Jardim.
Sem grandes sobressaltos até ao fim - exceção feita ao cabeceamento de Rami travado por Adán - o Sporting conseguiu manter a distância para o segundo lugar e abrir seis pontos de vantagem para o Benfica a uma semana do dérbi. Ficou, no entanto, sem Palhinha (viu o quinto amarelo) para o encontro com os 'águias'.
O momento
Golo de Porro: O momento de inspiração do espanhol foi também um pontapé na ineficácia do Sporting até àquele momento, que permitira ao Boavista acreditar que era possível empatar. O lateral ganhou uma segunda bola a trinta metros da baliza, desviou Hamache e disparou um míssil que sobrevoou Léo Jardim e só parou no fundo das redes da baliza boavisteira.
O melhor
Nuno Mendes: Assistiu com um cruzamento perfeito para o primeiro golo e esteve perto de marcar num pontapé de fora da área. Mostrou-se igualmente seguro no capítulo defensivo.
O pior
Boavista: A mudança tática pouco mexeu com o jogo dos axadrezados, que só conseguiram incomodar Adán – cabeceamento de Rami aos 82’ – quando já perdiam por 0-2. A ausência de jogo ofensivo justifica o último lugar na tabela.
As reações
Rúben Amorim explica Palhinha no banco e comenta amarelo que tira o médio do dérbi
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