A holding da família Berlusconi, a Fininvest, proprietária do AC Milan, revelou hoje estar em “negociações exclusivas” há um mês com “investidores chineses” a fim de vender o clube italiano de futebol.
“A Fininvest chegou a um acordo de exclusividade por um período (um mês) com um grupo de investidores chineses para a venda de uma participação do AC Milan", disse a holding em comunicado, sem especificar a identidade dos potenciais parceiros.
Segundo a imprensa italiana, as negociações dizem respeito à venda imediata de 70% das ações do clube e uma compra, no prazo de um ano, dos restantes 30%: nesta transação, o clube estará avaliado em cerca de 700 milhões de euros (ME).
De acordo com um porta-voz da Fininvest, em declarações à agência AFP, o acordo é “não vinculativo”, pelo que ambas as partes não estão obrigadas a um acordo final.
Se a transferência de ações do clube milanês não for consumada, a Fininvest negociará com outros potenciais investidores.
A comunicação social transalpina refere que Jack Ma, um dos homens mais ricos do mundo e fundador do gigante de vendas online Alibaba, será o comprador, numa operação que envolveria igualmente o grupo imobiliário Evergrande Real Estate, já no mundo do futebol através do clube chinês Guangzhou Evergrande.
Na sexta-feira, em mensagem de vídeo, o presidente do AC Milan, Silvio Berlusconi, falou da possível venda do clube, referindo que preferia deixá-lo em “mãos italianas”.
Em 2015, Berlusconi, antigo primeiro-ministro de Itália, já tinha iniciado negociações para a venda do clube com o tailandês Bee Taechaubol, mas o processo não evoluiu: tinham assinado um pré-acordo para a venda de 48% do clube por 480 ME.
O valor foi considerado exagerado pela maioria dos observadores e a data limite para a assinatura definitiva do acordo foi adiada várias vezes, não tendo sido concretizado.
O AC Milan venceu a Liga dos Campeões por sete vezes e foi campeão italiano em 18 ocasiões.
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