O Benfica vai lançar quarta-feira novo empréstimo obrigacionista, de 45 milhões de euros, com a novidade da parceria com o BPI, que se junta aos outros habituais “aliados” neste processo: Millenium BCP e BES.
Em conversa com os jornalistas, Domingos Soares de Oliveira, administrador da SAD “encarnada”, destacou esta nova parceria com o BPI, que terá «uma participação ativa» neste empréstimo obrigacionista, lançado a uma taxa bruta de 7,25 por cento e durante duas semanas.
«Pela primeira vez, vamos trabalhar com três bancos. A preparação de todo o processo foi feita com o BES e o Millenium, mas agora com uma participação ativa do BPI, que se junta ao Benfica pela primeira vez neste enquadramento», explicou o responsável do clube da Luz.
Sobre a subida da taxa de juro comparativamente ao último empréstimo obrigacionista, fixado nos 6 por cento, Domingos Soares de Oliveira considerou o valor para o novo processo «alinhado com as atuais condições de financiamento».
«A nova taxa tem a ver com as alterações de mercado. Achámos que esta taxa seria suficientemente atrativa», explicou Domingos Soares Oliveira, acrescentando que o Benfica terá um encaixe na ordem dos 43 milhões de euros, após os custos relacionados com a emissão.
Como o acesso ao crédito por intermédio dos «mecanismos tradicionais, como o endividamento bancário, tornou-se mais difícil», Domingos Soares de Oliveira considerou este empréstimo obrigacionista, o quarto que o clube faz, «uma alternativa interessante».
Para o administrador da SAD, esta aposta «não significará um agravamento significativo da dívida, que se mantém num patamar entre os 220 e os 250 milhões de euros».
«Presidiu a esta decisão duas coisas: não termos necessidade de contrair mais financiamento no curto médio prazo e termos as nossas necessidades de tesouraria suficientemente cobertas até final do exercício de 2013/2014», explicou.
Sobre o fato de o Benfica não ter colocado os 80 milhões de euros aprovados em Assembleia Geral, o responsável dos “encarnados” considerou fundamental o clube ficar «com uma reserva de 35 milhões», já que acredita que haverá «uma tendência de redução das taxas de juro».
«Ficamos com uma reserva de 35 milhões de euros, mas não creio que o venhamos a utilizar esse valor num curto prazo, ou a recorrer a um instrumento parecido até final do ano», estimou.
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