O Benfica procura ‘renascer’ sob a liderança de Bruno Lage, treinador campeão em 2018/19, de regresso ao clube na tentativa de recuperar de um início de época desastroso na I Liga de futebol.
No dia do seu primeiro 'clássico' no campeonato, a contar para a 11.ª jornada, este domingo, com o FC Porto, no Estádio da Luz (20:45), o Benfica procura diminuir distâncias para os rivais numa época que se divide em partes quase antagónicas.
Da primeira até à quarta jornada, ainda com o alemão Roger Schmidt à frente da equipa, foi a continuidade da péssima época de 2023/24, com ausência de resultados e um ‘divórcio’ evidente entre adeptos e equipa.
A estrutura do clube, nomeadamente o presidente Rui Costa, entendeu manter o técnico alemão, pese embora os maus sinais da época transata, e foi o suficiente para a equipa ‘dar’ pontos de avanço aos adversários.
Os primeiros sinais de alarme surgiram logo na estreia, com uma derrota na jornada inaugural (2-0 em casa do Famalicão), e depois, apesar de vencer Casa Pia (3-0) e sofridamente o Estrela da Amadora (1-0), não resistiu a novo jogo fora (1-1, com o Moreirense).
Um contexto de perda de cinco pontos em 12 possíveis, com o treinador alemão, campeão no seu ano de estreia (2022/23), a não resistir aos maus resultados e pobres exibições do conjunto ‘encarnado’.
A mudança de treinador teve efeitos práticos nas ‘águias’, que desde então somaram cinco vitórias consecutivas no campeonato e uma dinâmica expressa em 19 golos marcados e três sofridos, em contraste com os 5-3 em quatro jogos de Schmidt.
Aos números de Lage, que tem ainda um jogo em atraso na Liga – com o Nacional, interrompido devido ao nevoeiro aos oito minutos - acresce a componente exibicional, sobretudo nos primeiros jogos, num percurso iniciado em meados de setembro e que inclui vitórias na Taça de Portugal, Taça da Liga e em dois de quatro jogos na ‘Champions’.
Na prova 'milionária', o Benfica mostrou o melhor e o pior: à segunda jornada deslumbrou na Luz, ao golear o Atlético de Madrid, por impensáveis 4-0, mas na ronda seguinte deu a ideia de 'esvaziar o balão', com um desempenho apático e derrota, também em casa, com o Feyenoord (3-1).
Na última ronda, na quarta-feira, em Munique, onde nunca venceu, o Benfica apresentou-se tímido e fechado, com uma linha de três centrais, quiçá a pensar no empate, mas acabou também derrotado, por 1-0.
Na equipa, tem sobressaído o ‘duo’ turco, formado por Kökçü, a crescer sob a liderança do treinador português, e o reforço Kerem Aktürkoglu, que chegou já após a saída de Roger Schmidt e tem sido um ‘farol’ na equipa benfiquista.
O extremo turco é o melhor marcador, com oito golos em todas as competições e quatro assistências, tornando-se um dos indiscutíveis no renovado 'onze', em que Lage promoveu algumas mudanças.
Desde logo, também com a entrada, ao seu terceiro jogo, de Tomás Araújo para o eixo da defesa, destronando António Silva, mas também ao desfazer o duplo pivô defensivo formado por Florentino e Leandro Barreiro, mantendo apenas a titularidade do português.
O 'clássico' deste domingo, e quando a equipa está a oito pontos (e com menos um jogo) do primeiro lugar, assume a importância para além da rivalidade, com os 'encarnados' a precisarem de diminuir o fosso para o líder Sporting, que visita o Sporting de Braga no mesmo dia, horas antes, e para o FC Porto, segundo classificado, a cinco.
O jogo, no Estádio da Luz, tem início às 20:45 e terá arbitragem de João Pinheiro, da Associação de Futebol de Braga.
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