O Benfica recebeu e venceu o FC Porto por em partida da 11.ª jornada da I Liga, num jogo em que se mostrou quase sempre superior ao adversário. As águias ganharam vantagem a meio da primeira parte, graças a um excelente golo de Carreras, mas uma desatenção ainda permitiu que Samu empatasse em cima do intervalo.
Só que no segundo tempo a equipa de Bruno Lage não deu hipóteses. Voltou à liderança do marcador por intermédio de Di María, antes de aumentar a diferença graças a um autogolo de Nehuén Pérez, a meias com Pavlidis. De penálti, Di María bisou e fechou a contagem. O triunfo deixa as águias com 25 pontos, ainda menos dois do que os dragões, mas com menos um jogo (aquele que falta terminar ante o Nacional, na Choupana). Já o FC Porto vê agora o Sporting a seis pontos de distância.
Águia dona e senhora do jogo até marcar
Não houve grandes surpresas em nenhum dos onzes, com as duas equipas a regressarem ao seu esquema habitual depois das (não muito bem sucedidas) mudanças para os compromissos europeus. E, apesar de o primeiro remate com relativo perigo até ter pertencido ao FC Porto, por Galeno, aos 13 minutos, foi o Benfica quem mandou no jogo desde o início.
Di María rematou às malhas laterais aos 18 minutos e logo a seguir a bola até entrou na baliza do FC Porto, com Akturkoglu a tocar com classe a bola sobre Diogo Costa. Só que o lance já estava interrompido. João Pinheiro, árbitro do encontro, tinha parado o jogo para assinalar uma falta a favor do Benfica, o que originou muitos protestos por parte dos encarnados, que pediam que tivesse sido aplicada a lei da vantagem.
Mas a turma da casa continuou a dominar e acabou mesmo por marcar, em cima da meia hora, num grande golo. Passe fantástico de Tomás Araújo a desmarcar Carreras na esquerda, com o espanhol, já dentro da grande área azul e branca, a fletir para dentro, tirando Martim Fernandes da frente, e a atirar a contar, colocadíssimo, de pé direito.
Adeptos interrompem jogo, Benfica adormece, FC Porto empata
O FC Porto mostra-se inoperante em termos ofensivos e, na defesa, acusou o golo. Minutos depois do golo o perigo voltou a rondar a baliza dos dragões, valendo então Diogo Costa, e aos 40 minutos, em mais um bom lance de ataque das águias, Pavlidis, servido por Di María, dominou no peito, enquadrou-se com a baliza e, na cara de Diogo Costa, rematou rasteiro e cruzado, ao poste.
Mas aos 42 minutos os adeptos do Benfica resolveram ser protagonistas. Uma das claques das águias acendeu uma série de tochas encarnadas antes de arremessar várias delas para o relvado. João Pinheiro viu-se forçado a interromper o encontro por alguns instantes. E a interrupção pareceu adormecer os jogadores das águias.
O FC Porto aproveitou e, praticamente do nada, chegou ao empate. Francisco Moura teve muito espaço na esquerda, cruzou rasteiro para o coração da pequena área e Otamendi até parecia ter tudo para cortar a bola, mas falhou de forma incrível a intercepção e a bola chegou a Samu que, nas costas do argentino, só teve de encostar para o 1-1, em cima do intervalo.
Benfica imparável no segundo tempo
A segunda parte, contudo, voltou a trazer o domínio do Benfica. Tal como no primeiro tempo, as águias entraram a mandar no jogo e encostaram o FC Porto à sua área, até que marcaram, numa transição rápida, aos 56 minutos. Akturkoglu interceptou um passe de Eustáquio e de imediato fletiu para dentro e deixou Aursnes. O norueguês, com um grande passe, isolou Di María que, na cara de Diogo Costa, com grande classe, atira para longe do alcance do guardião portista e fez o 2-1.
O 3-1 não tardou. Volvidos apenas cinco minutos, Tomás Araújo para Bah, vom mais um grande passe, abriu para Bah, com o lateral direito dinamarquês a cruzar para o coração da área, na direção de Pavlidis. O grego falhou o desvio, mas a bola tocou em Nehuén Pérez e só parou mesmo no fundo das redes.
Com dois golos de desvantagem, o FC Porto tentou balancear-se para o ataque, mas sem nunca conseguir criar real perigo e foi o Benfica, que com muito espaço, foi aproveitando várias rápidas transições ofensivas para ameaçar o quarto golo, que chegou na transformação de uma grande penalidade. Alan Varela acertou em Otamendi na grande área do FC Porto quando este tentava cabecear e, na conversão do castigo máximo, Di María não perdoou, fechando na Luz as contas de uma vitória inequívoca do Benfica.
Comentários