Vítor Oliveira bem avisou e cumpriu: não sei ia apresentar no Estádio da Luz nem com autocarros nem camiões. A equipa do Portimonense apresentou-se frente ao tetracampeão nacional com muita personalidade e só por uma unha negra (ou uma perna) é que não conseguiu levar de vencida a equipa do Benfica.

Uma equipa algarvia com o norte bem definido

A equipa do Portimonense mostrou toda a sua qualidade em pleno Estádio da Luz, em frente a mais de 52 mil pessoas.

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O conjunto orientado por Vítor Oliveira mostrou-se bem compacto e com uma pressão muito forte ao portador da bola. Os jogadores mostravam-se solidários e apoiavam-se uns aos outros, interceptando bolas e iniciando jogadas rápidas de contra ataque, com um trio muito forte.

Shoya, Fabrício e Wellington Carvalho pareciam setas direcionadas à baliza de Bruno Varela e faziam entre si várias combinações de ataque, aproximando-se com perigo da baliza encarnada.

Depois de uma primeira parte morna, em que as melhores oportunidades couberam ao conjunto algarvio, seria mesmo Fabrício a gelar a Luz quando marcou o primeiro golo do encontro, aos 56 minutos. Algo que voltaria a fazer mais perto do final do encontro mas que foi invalidado pelo vídeoárbitro.

Um artilheiro ao serviço de voos mais altos

No entanto, não viria a faltar muito para que o Benfica voltasse a colocar o resultado empatada. Salvio cai na área (lance discutível) e Gonçalo Martins expulsa Hackman e assinala grande penalidade.

Chamado a marcar, claro está, o artilheiro de serviço: Jonas. O avançado brasileiro mostrou toda a sua qualidade e frieza e bateu Ricardo Ferreira.

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No entanto, a noite não correu de feição para os avançados do Benfica. Com pouca bola e pouca capacidade de penetração tanto nos espaços como no passe, foi um jogo difícil para Jonas e Seferovic.

Um 'chouriço' e um herói improvável

A magia do futebol é isto mesmo. De qualquer parte do campo, em qualquer momento do jogo e de qualquer jogador pode sair um movimento que muda tudo. E foi mesmo isso que aconteceu.

André Almeida mostrou ser o patinho feio transformado em herói improvável. Quando o resultado estava empatado, o lateral português procurou um cruzamento para os seus colegas.

No entanto, o cruzamento acabou por tornar-se num chapéu perfeito, que bateu Ricardo Ferreira e colocou os 'encarnados' na frente do marcador, garantindo pois a vitória e os três pontos.

Momento chave: Golo de André Almeida

Realizado de forma pouco intencional, seria o lance do lateral português que consumaria a reviravolta e garantiria mais três pontos para o conjunto das águias.

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O melhor:

Shoya: o extremo japonês foi um dos jogadores mais desequilibradores do Portimonense e fez de tudo para causar ainda mais problemas ao Benfica. Acabou substituído por cansaço

Fabrício: Autor de dois golos na partida, um deles anulado, o avançado brasileiro foi sempre muito perigoso, com a sua capacidade de drible e remate.

Zivkovic: O extremo sérvio foi um dos melhores elementos do Benfica, mostrando toda a sua qualidade de passe, desmarcação e combinação com os colegas. Acabou o jogo a fazer o corredor esquerdo inteiro.

O pior:

Hackman: O lateral ganês acabou expulso e tornou a tarefa mais complicada para a sua equipa, se bem que existem dúvidas se o lance merecia esse tipo de castigo

Primeira parte do jogo: A primeira parte da partida acabou por ser aborrecida, com as duas equipas a encaixarem uma na outra e sem garantirem grandes oportunidades de golo.

Veja o resumo do encontro