O treinador Sérgio Conceição selou em 2021/22 a sua melhor primeira volta de sempre na I Liga portuguesa de futebol, na quinta temporada ao comando dos ‘dragões’, ao totalizar 47 pontos.

Depois de 45 pontos em 2017/18, na estreia, 43 em 2018/19, 41 em 2019/20 e 39 em 2020/21, o técnico dos ‘azuis e brancos’, de 47 anos, inverteu a trajetória descendente e selou um registo ímpar, ao ceder só duas igualdades.

Os ‘dragões’ apenas não venceram nos redutos do Marítimo (1-1), à terceira ronda, e do Sporting (1-1), à quinta, e fecharam a primeira metade com o impressionante registo de 12 vitórias consecutivas.

Contando com a época passada, o ‘onze’ de Sérgio Conceição vai numa série de 45 jogos sem perder no campeonato, mais precisamente desde 30 de outubro de 2020, quando o FC Porto caiu por 3-2 em Paços de Ferreira.

Na corrida a um terceiro cetro, depois de 2017/18 e 2019/20, o ex-treinador de Olhanense, Académica, Sporting de Braga, Vitória de Guimarães e Nantes acabou a primeira volta três pontos à frente de Rúben Amorim.

O grande protagonista da época passada, ao conduzir o Sporting a um título que fugia de Alvalade desde 2001/02, esteve sempre lado a lado com o treinador portista, mas deixou-o fugir na última ronda.

Um desaire por 3-2 nos Açores, face ao Santa Clara, acabou com a invencibilidade de Rúben Amorim, que, em 2020/21, só havia perdido com o Benfica, na Luz, e já campeão.

Ainda assim, os 44 pontos, apenas a três do líder FC Porto, permitem ao ex-jogador do Benfica continuar na corrida ao ‘bis’, algo que escapa ao Sporting desde os longínquos anos 50 do século passado (1950/51 a 1953/54).

O quarto título, ao oitavo ano na Luz, era também o objetivo de Jorge Jesus, mas a sua segunda aventura na Luz acabou após a 15.ª ronda, com o Benfica a quatro pontos de FC Porto e Sporting, isto depois do terceiro lugar de 2020/21.

Jesus saiu com 37 pontos, correspondentes a 12 vitórias, um empate e duas derrotas, sendo substituído por Nélson Veríssimo, que entrou com um 1-3 no Dragão e somou o primeiro triunfo na receção ao Paços de Ferreira (2-0).

No que respeita à percentagem de pontos conquistados, os treinadores que arrancaram a época nos três ‘grandes’ perdem para Ricardo Sá Pinto, que se estreou à 17.ª jornada pelo Moreirense e conseguiu vencer em Vizela (1-0).

Bem mais surpreendente do que a liderança, meramente circunstancial, de Sá Pinto, que sucedeu a João Henriques e Lito Vidigal, é o quinto lugar de Vasco Seabra, que, em seis rondas, ‘catapultou’ o Marítimo de 17.º para nono.

Depois de o espanhol Julio Velázquez, que logrou ‘empatar’ o FC Porto, não conseguir mais do que sete pontos, em 11 jogos, Vasco Seabra já vai em 13, em apenas seis embates, com quatro triunfos, um empate e uma derrota.

Benfica, Moreirense e Marítimo fazem parte, juntamente com Boavista, Paços de Ferreira, Santa Clara, Famalicão e Belenenses SAD, da minoria de clubes que já mudou de treinador, num total de oito, dos 18 participantes.

Além do Moreirense, também o Santa Clara já foi orientado por três treinadores, mas precisamente por Daniel Ramos, Nuno Campos e por Tiago Sousa, que somou, interinamente, três jogos e logrou a proeza de bater o campeão Sporting (3-2), mas, ainda assim, já foi substituído por Mário Silva. Será o quarto.

Do lado maioritário, dos 10 clubes que ainda não mexeram nos treinadores, FC Porto e Sporting estão junto de Sporting de Braga, Estoril Praia, Portimonense, Gil Vicente, Vitória de Guimarães, Vizela, Tondela e Arouca.

Destaque para os percursos de Ricardo Soares, no Gil Vicente, de Bruno Pinheiro, ao comando do promovido Estoril Praia, de Paulo Sérgio, no Portimonense, e de Pepa, que se tem aguentado no sempre complexo Vitória de Guimarães.