O Olhanense alcançou hoje a primeira vitória na Liga de futebol de 2011/12, ao derrotar fora o Rio Ave por 1-0, na terceira jornada, graças a um autogolo do central Éder Monteiro aos 35 minutos.
O Rio Ave continua assim sem ganhar e sem marcar golos, somando apenas um ponto, fruto do empate caseiro obtido na primeira jornada frente ao Sporting de Braga, e perdeu em casa com a equipa algarvia pela terceira temporada consecutiva.
A formação vilacondense entrou mal no jogo e criou uma única ocasião de golo durante toda a primeira parte, na sequência de um cruzamento de Saulo a que Vítor Gomes correspondeu com uma cabeçada a barra.
A equipa sentiu grandes dificuldades, nomeadamente, para superar a boa organização defensiva do Olhanense, onde ainda pontifica o veterano central brasileiro Maurício.
O extremo ganês Christian Atsu, emprestado ao Rio Ave pelo FC Porto, foi uma aposta totalmente falhada do treinador Carlos Brito, que, na projeção deste encontro, tinha dito que possuía agora mais opções para o setor atacante.
Acresce que o azar bateu à porta do Rio Ave num lance de bola parada, um canto apontado aos 35 minutos por Wilson Eduardo, que Éder Monteiro desviou para a sua própria baliza, fazendo um golo que o Olhanense até aí não tinha justificado.
Éder Monteiro rendeu hoje o defesa central Gaspar, que se lesionou na última jornada, e acabou por deixar a sua marca pessoal na segunda derrota consecutiva do Rio Ave.
O certo é que o golo foi um balde água fria para a equipa de Vila do Conde e, em simultâneo, um tónico para os visitantes, que apresentaram um futebol mais ligado e uma boa capacidade de circulação de bola.
O Rio Ave foi para o segundo tempo com Yazalde (sem ritmo) no lugar de Saulo, que também esteve muito apagado, e Kelvin (teve alguns pormenores interessantes, mas só isso) no lugar de Christian Atsu e a verdade é que estas alterações melhoraram o rendimento da equipa, mas a baliza algarvia nunca esteve verdadeiramente em perigo.
O Olhanense esteve sob grande pressão nos minutos iniciais do segundo período, mas recompôs-se rapidamente e Wilson Eduardo assustou Paulo Santos com um remete forte de longe.
Nervoso e muito ansioso, o Rio Ave não criou nenhuma ocasião clara de golo e foi o Olhanense que esteve mais perto do segundo golo, primeiro através de Salvador Agra, que tinha substituído Ivanildo, com um remate forte que Paulo Santos desviou para a barra (84), e depois por Mexer, com uma cabeçada que falhou o alvo por pouco.
Neste período, o melhor que a equipa anfitriã conseguiu foi um cruzamento da direita de Braga, um dos mais inconformados, que Maurício, sempre muito atento, desviou para canto, quando João Tomás já se preparava para finalizar à boca da baliza.
O que fica deste jogo é a imagem de um Olhanense seguro e mais confiante do que o Rio Ave, que demonstrou uma grande fragilidade atacante, apesar das várias opções atacantes ao dispor do treinador Carlos Brito (João Tomás, Saulo, Christian Atsu, Yazalde e Kelvin) e muita ansiedade pela sucessão de resultados negativos.
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