Depois de André Pinto na parte da manhã, foi a vez de Mário Monteiro, membro da equipa técnica de Jorge Jesus na altura do ataque, testemunhar no âmbito do julgamento ao ataque a Alcochete.

O antigo preparador físico da equipa recordou o ataque, afirmando que ao principio pensou que se tratasse de uma brincadeira.

"Estava no ginásio, os jogadores já tinham acabado só lá estavam o André Pinto e o Coates. Sou responsável pelo ginásio, sou sempre a última pessoa a sair. Pensamos que fosse uma brincadeira de carnaval. (...) Quando cheguei ao balneário já estava instalado o caos, uma nuvem intensa de fumo, as sirenes a tocar. Foi um caos", disse.

Mário Monteiro recordou ainda as agressões de que Bas Dost foi alvo.

"Continuaram a bater e a pontapear o Bas Dost. (...) leva ostensivamente com o cinto. O Bas Dost devia de estar a calçar as chuteiras. É quando leva com o cinto e já não se levanta", afirmou.

O preparador físico recordou ainda a reunião da equipa técnica com Bruno de Carvalho, onde o ex-presidente do Sporting retira importância à final da Taça de Portugal que o clube iria disputar.

"'Oh Jorge, estás preocupado com a Taça? Isso para mim é como nascer um furúnculo no rabo'", disse Bruno de Carvalho de acordo com o preparador físico.

Ainda nessa reunião Bruno de Carvalho terá dito que manteve contactos com as claques na véspera da reunião, de forma a evitar uma 'catastrofe'.

"Eles [membros das claques] queriam os contactos e as moradas e ele convenceu-os a não fazer nada. Disse mesmo 'Vocês nem sonham o que estava preparado'", disse.