O treinador Jorge Jesus assumiu hoje que regressou ao Benfica para "ganhar e para unir a nação benfiquista", recusando, contudo, definir-se como o "salvador" de um projeto que tem como objetivo "recuperar o prestígio internacional" do clube.
"Aos benfiquistas, quero dizer que vim para ganhar, porque estou habituado a ganhar, mas também vim para unir a nação benfiquista. Vim para o Benfica com a mesma crença que tinha no dia 19 de junho de 2009, quando fui apresentado pela primeira vez. Venho com a mesma vontade de ganhar, com a mesma convicção, estou determinado e com muita vontade de ganhar coisas importantes", afirmou Jorge Jesus, durante a apresentação como novo técnico dos ‘encarnados'.
Jorge Jesus recusou que tenha regressado ao Benfica para se "reformar" e revelou que vai "ganhar menos do que ganhava no Flamengo", deixando uma certeza: "Vim para o Benfica porque acredito no projeto, nesta nação e nas condições para fazer do Benfica grande, para recuperar o prestígio internacional. É fundamental voltarmos a ganhar."
O técnico, que assinou por duas temporadas com o Benfica, foi perentório e revelou alguma emoção no momento de abordar este regresso a Portugal, após um ano no Flamengo.
"Não sou o salvador. Salvadores vamos ser todos nós. Cheguei de um grande clube, que se uniu à volta do seu treinador, da sua equipa e, por isso, é que ganhámos grandes títulos internacionais. Quero agradecer ao Flamengo, do fundo do coração, pela forma como me trataram, a amizade e amor que tiveram por mim. Agora, pensem: o Flamengo tem 50 milhões de adeptos. Para eu vir para o Benfica tinha de haver uma causa muito grande, que é voltar a ganhar", observou.
Jorge Jesus, de 66 anos, está de regresso ao clube da Luz cinco anos depois de ter saído para o Sporting, tendo sido técnico principal do Benfica entre 2009/10 e 2014/15, período em que conquistou 10 títulos, nomeadamente, três campeonatos, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e cinco edições da Taça da Liga.
Jesus começou a carreira no Amora, em 1989/90, e, depois, passou por Felgueiras, União da Madeira, Estrela da Amadora, Vitória de Setúbal, Vitória de Guimarães, Moreirense, União de Leiria, Belenenses e Sporting de Braga, antes de chegar à Luz.
Depois de se tornar o mais titulado treinador dos 'encarnados', que também levou a duas finais da Liga Europa, perdidas para Chelsea (2012/13) e Sevilha (2013/14), rumou ao Sporting, tendo passado ainda pelo Al-Hilal antes de chegar ao Flamengo, no qual arrecadou seis troféus em pouco mais de um ano, entre os quais o campeonato brasileiro e a Taça Libertadores.
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