O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) revelou esta segunda-feira que está em negociação com a Federação Portuguesa de Futebol a constituição de um fundo de garantia salarial de 150 mil euros para os árbitros distritais.
Durante o jantar de comemoração dos 35 anos da APAF, em Leiria, José Gomes orgulhou-se de a sua direção ter "iniciado o projeto do profissionalismo" e prometeu mudar a arbitragem nacional, "com condições de trabalho para todos, não só no futebol nacional, mas também na arbitragem distrital".
Para isso, anunciou a intenção de criar o fundo de garantia salarial, a pensar nos árbitros dos escalões inferiores.
"Criámos esse projeto para que exista um fundo a que os árbitros possam vir a recorrer quando, nas suas associações, os prémios estejam em falta num período superior a seis meses. Nesses casos, esse fundo irá pagar os prémios em dívida", adiantou.
O presidente da APAF mostrou-se particularmente empenhado em olhar para os juízes dos campeonatos distritais, assumindo querer "uma arbitragem justa, de todos, em que o topo ajude as categorias inferiores".
"Estamos a trabalhar numa tabela única de prémios a nível nacional, pagos aos árbitros distritais. É um projeto que queremos apresentar na próxima época a todas as associações, para o que se ganha por arbitrar um jogo a sul seja o mesmo que se ganha num jogo a norte".
Entre quase uma centena de presentes - 30 dos quais árbitros no ativo de diversos escalões -, a noite ficou marcada pela desafio lançado pelo ex-árbitro Paulo Paraty, que, na qualidade de representante dos núcleos de árbitros, formulou o desejo da APAF ser, no futuro, "uma ordem profissional, com capacidade de validação de carreiras".
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