O candidato à presidência do Sporting de Braga António Pedro Peixoto admitiu hoje alterar a data de nascimento do clube se um estudo feito por uma empresa externa assim o determinar.
Confrontado com a polémica questão da data de nascimento dos ‘arsenalistas’, que alguns defendem ser 1914, com base em notícias da época, outros 1919, sendo que o clube celebra o ano de 1921, disse que contrataria uma empresa de fora de Braga para fazer um estudo e, se fosse caso disso, alteraria a data de aniversário do clube.
"Eu não sei se é ou não [outra data], não tenho qualquer opinião formada, para mim é 1921 porque é a que está, mas com estudos de entidades externas, não vinculadas a nenhuma das fações, vamos ter elementos para analisar e apresentar em assembleia-geral. Se tivesse que alterar a data de nascimento do clube, isso seria respeitar o nosso passado. O clube é dos sócios e adeptos, não é do presidente, do treinador ou dos jogadores, e essa situação tem que ser decidida pelos sócios", disse à margem de uma reunião com o presidente da câmara municipal de Braga, Ricardo Rio.
Acompanhado por elementos da sua lista, António Pedro Peixoto apresentou o seu programa ao autarca e, no final, ambos concordaram que o estádio municipal não tem condições de conforto e acessibilidade para os adeptos.
"Tem vários erros de conceção do ponto de vista do conforto e acessibilidade para a generalidade dos adeptos. O próprio estacionamento é muito limitado, mas não há muita margem de intervenção nas condições infraestruturais. Tem havido alguns melhoramentos e nós próprios temos equacionado algumas soluções", tendo revelado que a autarquia está a desenvolver um projeto para "um acesso pedonal desde a zona do Bairro da Misericórdia até ao estádio".
O candidato e antigo guarda-redes de fustal do Sporting de Braga frisou que "o estádio deve ser dos piores estádios no que toca ao conforto para os adeptos. É dos mais bonitos do mundo, mas em relação ao conforto tem que ter muitas alterações, se não forem escadas rolantes terá que ser elevadores, algo tem que ser feito" porque "não vale a pena ter uma grande equipa com o estádio vazio", disse.
"Analisando o investimento que se tem que fazer, se calhar a indemnização que se teve que pagar para trazer o Jorge Simão já dava para fazer muitas obras. Temos que gerir melhor o dinheiro que temos", defendeu.
Sócio do Sporting de Braga, Ricardo Rio elogiou a "disputa democrática normal" e frisou a importância de haver uma "alternativa", considerando ainda que "o confronto de ideias numa campanha eleitoral é, obviamente, uma peça essencial", numa referência ao debate que António Pedro Peixoto deseja, mas António Salvador não quer realizar.
Nas últimas eleições, também com dois candidatos, Ricardo Rio escreveu um artigo intitulado "Obviamente, Salvador", de evidente apoio ao atual presidente, mas desta vez não vai tornar pública a sua preferência porque "isso obrigaria a uma clivagem com um potencial presidente eleito".
"Quando escrevi esse artigo ainda não havia a outra candidatura, só surgiu posteriormente, mas julgo que, nessas eleições, não havia esse risco que hoje existe do ponto de vista da disputa eleitoral", disse.
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