O presidente do Gil Vicente insurgiu-se hoje contra o calendário e as paragens do campeonato nacional de futebol, que nalguns casos faz com que o seu clube tenha intervalos superiores a um mês entre jogos em casa.
Num comunicado divulgado hoje, António Fiúza refere, como exemplo, que o Gil Vicente recebe o Vitória de Guimarães a 03 de novembro e vai ter de esperar mais de um mês para ter novo jogo no seu estádio (08 de dezembro, contra o Sporting).
Entre estes dois encontros, o Gil Vicente jogará a 09 de novembro em casa do Cova da Piedade, para a Taça de Portugal, tal como determinou o sorteio da 4ª. eliminatória realizado na quinta-feira.
Um intervalo de mais de um mês entre jogos em casa do Gil Vicente repete-se após a receção ao Arouca, a 22 de dezembro, com novo jogo no Estádio Cidade de Barcelos marcado apenas para 02 de fevereiro de 2014, contra o Benfica.
«É incomportável para os clubes suportar todas as despesas, desde salários de jogadores, funcionários, fornecedores e custos operacionais quando têm ínfimas hipóteses de obter receitas. Perante este cenário, como é que um clube como o Gil Vicente tem capacidade para atrair investidores? E como lhes explica que em três meses tem apenas três jogos em casa? Qual é a capacidade de clubes de pequena e média dimensão de cativar novos públicos e fidelizar adeptos?», questiona o presidente do Gil Vicente.
António Fiúza diz que estas questões «transversais» continuam sem resposta das principais instâncias que lideram o futebol, nomeadamente a «Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Federação Portuguesa de Futebol e a UEFA».
Por isso mesmo, o responsável do Gil Vicente prometeu trabalhar para promover uma reunião com os presidentes dos clubes profissionais com o intuito de introduzir na ordem de trabalhos da próxima assembleia geral da Liga a discussão deste tema.
«É importante que seja debatido e que encontremos uma solução conjunta, que não corresponda apenas às expectativas dos maiores clubes, mas sim traga benefícios para o futebol português», concluiu.
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