O primeiro-ministro salientou hoje a elevada importância para a projeção externa do país resultante da internacionalização de jogadores e técnicos nacionais de futebol, durante uma receção em São Bento à seleção nacional de sub-17 da Índia.
A Índia vai organizar a partir de 06 de outubro o mundial de futebol de sub-17 e a sua seleção é treinada por Luís Norton de Matos, que substituiu um técnico alemão que teve problemas de adaptação cultural à realidade indiana.
Num breve discurso, António Costa começou por agradecer a escolha de Portugal para o início do estágio na Europa desta seleção jovem indiana - decisão que enquadrou no progressivo estreitamento das relações diplomáticas com a Índia, país onde realizou uma visita de Estado em janeiro passado.
"É para nós um motivo do maior orgulho ter uma equipa técnica portuguesa à frente desta seleção, o que demonstra bem como os numerosos talentos do futebol português têm estado a ser muito importantes na promoção da modalidade um pouco por todo o mundo. Quer na Índia, ou na China, há técnicos portugueses em equipas ou seleções nacionais, o que é um excelente indicador sobre a qualidade e excelência do nosso futebol", declarou o líder do executivo.
Luís Norton de Matos, por sua vez, destacou a existência de ligações comuns entre a sua família e a do primeiro-ministro em relação à Índia.
"Eu e o primeiro-ministro temos ambos uma ligação comum à Índia. Tanto o meu avô paterno, como o pai do primeiro-ministro, nasceram no Estado de Goa", referiu o antigo jogador do Benfica, Académica e Standard de Liège.
Já em conversa com os jornalistas, Luís Norton de Matos falou sobre o longo percurso que o futebol indiano ainda terá pela frente para chegar aos lugares cimeiros das competições asiáticas de futebol.
"Se empatar um jogo durante o mundial de sub-17, tenho uma rua; se ganhar um jogo, tenho uma estátua", comentou, numa nota de humor.
Em relação ao Estado de Goa, apesar de ser aquele em que o futebol tem mais adeptos, não possui porém qualquer jogador nesta seleção de sub-17, sendo a maioria proveniente da zona de Calcutá ou de regiões fronteiriças com a China.
"Num país com 870 milhões de jovens, penso que o futebol tem um imenso potencial de crescimento", declarou logo a seguir o treinador português.
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