O guarda-redes António Adán vai deixar o Sporting e despede-se dos adeptos no jogo da I Liga de futebol com o Desportivo de Chaves, revelou hoje o treinador, Rúben Amorim, que não garantiu a sua própria continuidade.
“Eu tomei essa decisão, Alvalade vai despedir-se do Antonio [Adán], alguém que temos noção de que só estamos aqui porque fomos campeões no primeiro ano e demos uma estabilidade diferente. Sem o Antonio, não seríamos campeões”, atirou o técnico, na Academia do clube, em Alcochete.
O espanhol, de 37 anos, não irá jogar qualquer minuto, uma vez que continua a recuperar de uma lesão muscular que o afastou das opções em abril, confirmou Amorim.
Oriundo do Atlético de Madrid, Antonio Adán ingressou no Sporting no início da temporada de 2020/21, na qual se sagrou campeão nacional pela primeira vez ao serviço do clube de Alvalade, onde somou um total de 156 partidas.
O treinador aproveitou ainda a conferência de imprensa de antevisão da última jornada para confirmar uma “mudança de ciclo” nos ‘leões’, que inclui ainda as saídas de Filipe Çellikaya, treinador da equipa B, e a passagem de João Pereira dos sub-23 para a formação secundária.
“É o momento de agradecer a essas pessoas, aos jogadores e também ao Filipe Çellikaya e à sua equipa técnica. Não lhes vou pedir para ficarem mais um ano. O João Pereira, isso será tratado, vai haver uma mudança, faz parte dos ciclos”, deixou escapar Amorim.
Depois, questionado sobre se ele próprio poderia garantir aos adeptos que vai continuar no Sporting na próxima época, admitiu ser essa “a ideia”, mas recusou ser perentório.
“Eu não posso garantir que amanhã estou vivo. A ideia, o que nós queremos, o que o treinador quer, é ficar no Sporting, seguir em frente. Já estamos a preparar a próxima época há muito tempo e esse é o foco”, vincou.
Depois, confrontado com uma questão de liderança no balneário, após a saída de dois jogadores do grupo de ‘capitães’, uma vez que, para além de Adán, voltou a confirmar a saída do defesa central Neto, o treinador considerou que “todos os jogadores têm de se chegar à frente”, mas lembrou que o grupo de trabalho tem hoje outra estabilidade.
“Teremos pessoas e jogadores para se chegarem à frente. E, acima de tudo, temos um clube mais saudável, mais fácil de lidar, com outro apoio, outra estrutura, coisa que o Antonio e o Neto não tiveram no início. Daí a importância deles, mas teremos gente para se chegar à frente”, disse, após apontar nomes como Daniel Bragança, Pedro Gonçalves, Nuno Santos, Paulinho ou Hjulmand como exemplos.
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