Valibor Savic orientou Viktor Gyokeres na formação do Brommapojkarna, um pequeno clube da Suécia, de 2016 a 2018.
Agora, em entrevista ao jornal italiano 'Gazzetta Dello Sport', o técnico recordou o avançado do Sporting. A dedicação ao treino e o poder físico já eram características muito vincadas no possante jogador nórdico.
"Vem-me à memória uma sessão de treino antes de um torneio contra equipas importantes. Havia o Ajax, o Chelsea, o Groningen, o Borussia Dortmund. Tecnicamente, não fazia a diferença, para ser sincero, mas do ponto de vista físico já era desarmante. Ganhava duelos ombro a ombro com jogadores maiores do que ele, e depois partia com a bola. É um avançado poderoso que joga fisicamente com qualquer um. Lembro-me de um miúdo de 16 anos, sedento de futebol, que agarrava todas as bolas sem medo".
Assim, Valibor Savic afirma-o sem dúvidas:
"Uma máquina de guerra, é isso. O primeiro toque não era excecional. Refiro-me à receção, à capacidade de jogar de lado. Trabalhava-a depois dos treinos. Ficava parado e chutava dezenas de vezes à baliza, depois tentava acertar na trave a partir do limite da área. Por vezes, atirava a bola para a área e imitava um golo ou um contra-ataque. Estava sempre obcecado em melhorar".
Gyokeres, afirmou Savic, faz lembrar-lhe o ex-jogador Christian Vieiri, antigo avançado da seleção de Itália que passou por alguns dos grandes da Serie A como Inter, Milan, Lázio e Juventus. E aponta-o à Liga Italiana e ao AC Milan, clube a que o internacional sueco tem sido associado nos últimos dias, supostamente por recomendação do compatriota sueco Zlatan Ibrahimovic.
"O físico é esse, assim como a atitude para marcar. Viktor tem equilíbrio e força. Os 36 golos que marcou este ano no Sporting de Lisboa nasceram dessa forma. Seria o avançado perfeito para o Milan, na verdade. A Serie A seria ideal para ele. Lembro-me das horas passadas no ginásio, com o meu adjunto, sem contar com as sessões de treino extra. A sua qualidade mais importante é precisamente essa. O Viktor não olha de frente para nada nem para ninguém. Ele tem um objetivo e cumpre-o", finalizou.
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