Filme do Jogo
O FC Porto venceu ontem na receção ao Nacional, por 3-1, e reforçou a liderança da I Liga de futebol, a uma semana do 'clássico' de Alvalade e, eventualmente, de um recorde de vitórias consecutivas de clubes portugueses.
Dois golos de Brahimi, aos 32 e 57 minutos, e outro de Soares, aos 38, foram suficientes para os campeões nacionais igualarem o recorde de 18 vitórias consecutivas, em todas as competições, estabelecido pelo Benfica na época 2010/11, sob o comando de Jorge Jesus.
O Nacional reduziu por Róchez, aos 40, mas não impediu os 'dragões' de atingirem esta marca histórica, que poderá ser superada em caso de vitória portista no próximo jogo em Alvalade, frente ao Sporting, a contar para a 17.ª e última jornada da primeira volta.
Com este resultado no fecho da 16.ª jornada, alcançado apenas às 23h16 de uma segunda-feira, o líder FC Porto alcançou os 42 pontos, seis pontos de vantagem sobre o Sporting de Braga, que ascendeu ao segundo lugar, sete relativamente ao Benfica, que é terceiro, e oito para o Sporting, que caiu para o quarto posto após a derrota em Tondela (2-1).
O Nacional manteve, o 11.º lugar, com os mesmos 19 pontos, por agora a salvo dos lugares de despromoção.
O congolês Mbemba jogou a titular pela primeira vez no campeonato, formando dupla de centrais com Éder Militão, face ao castigo de Felipe, mas esta alteração no FC Porto não retirou a vocação ofensiva da equipa, com Soares e Marega de início, no ataque, apoiados nos corredores por Brahimi e Corona.
Uma primeira parte à base da estratégia
Os primeiros minutos, no entanto, mostraram uma equipa demasiado posicional e sem grandes ideias. O ritmo baixo também não ajudava a criar desequilíbrios, pelo que a solução passou pela exploração da profundidade, com lançamentos à procura da velocidade dos jogadores mais adiantados.
Foi assim que, aos sete minutos, Corona, desmarcado por Herrera, serviu Marega à entrada da área do Nacional, valendo aos insulares o guarda-redes Daniel Fernandes e a recarga frouxa de Soares, para fora.
Este primeiro sinal de perigo do FC Porto foi um oásis numa fase do jogo em que o Nacional conseguira dar mostras de não se intimidar com a maior qualidade do adversário, conforme desejo expresso pelo técnico Costinha, saindo a jogar a partir da defesa e de trocas de bola quase sempre à procura de alguém nos corredores ofensivos.
A partir de uma bola parada, aos 17 minutos, a formação insular quase marcava, quando o portista Danilo, na tentativa de desfazer o cruzamento, ficou perto do autogolo.
Sérgio Conceição não estava satisfeito e mandou aquecer Hernâni, Adrián López e o reforço Fernando Andrade, numa decisão que teve um efeito desbloqueador na forma de jogar da equipa, a partir de então mais rápida a trocar a bola e mais agressiva à perda, vendo-se mais Brahimi a recuar para pegar no jogo e movimentos contrários de Herrera, a avançar para confundir marcações.
Aos 32 minutos, uma movimentação coletiva na direita levou a bola a Brahimi, no lado oposto e livre de marcação, para inaugurar o marcador, num lance que teve assistência de Maxi e contou com uma decisiva diagonal de Soares, a arrastar marcações.
Animados por este golo, os campeões nacionais voltariam a marcar seis minutos depois, por Soares, a 'carimbar', de cabeça um trabalho individual de qualidade do mexicano Corona sobre o lateral Nuno Campos, já com o guarda-redes Lucas França no lugar do lesionado Daniel Fernandes.
Mas os insulares ainda reentraram na discussão do resultado logo a seguir, aos 40, quando Róchez aproveitou uma desatenção na área portista para reduzir, com um remate à meia volta.
Segunda parte marcada pela entrada da ambulância e 9 minutos de compensação. Jogo terminou às 23h16
O início da segunda parte ficou marcado pela lesão do estreante Rosic, central cedido pelo Sporting de Braga aos insulares e que acabou retirado de ambulância do relvado na sequência de um choque, provocando uma longa paragem e alguma desconcentração nos insulares após o recomeço da partida, bem evidente na deficiente cobertura a Brahimi, no terceiro golo portista, aos 57 minutos, a passe de Corona.
Com uma vantagem confortável, o FC Porto limitou-se a gerir o resultado, conseguindo manter a bola longe da sua baliza e ameaçando mais alguns golos, com Sérgio Conceição a promover algumas alterações a pensar no 'clássico' de Alvalade, estreando, no fim, o reforço Fernando Andrade, contratado ao Santa Clara.
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