Pela primeira vez desde que foi implicado no caso Cashball, André Geraldes falou sobre o Sporting. O antigo team manager dos 'leões' deu uma entrevista à CMTV em que abordou temas como o ataque à Academia de Alcochete e a relação de Bruno de Carvalho com as claques.
Para começar, André Geraldes falou sobre o dia 15 de maio deste ano, o dia que marcou (e manchou) a temporada do Sporting e o futuro do clube. No entanto, o antigo team manager dos 'leões' garante que não esteve envolvido no ataque à Academia.
"No Sporting, a minha responsabilidade era a de gerir o futebol profissional. Naquele momento, tinha o clube virado de pernas para o ar. Naquele dia não sabia se o treinador estava ou não despedido, tinha os jogadores a quererem falar com a Direção... Eu era um pouco como a ONU. O meu papel era tentar pacificar aquilo que era o momento menos bom que a equipa estava a passar", começou por dizer, acrescentando ainda que "no meio do caos parava para pensar que íamos ter um ataque terrorista? Os dias 14 e 15 foram incríveis. Até a polícia disse em comunicado que era perfeitamente imprevisível".
Sendo o responsável pelo futebol profissional, paira então uma pergunta no ar: Quem alterou o horário do treino do Sporting naquele dia 15 de maio? André Geraldes não quis entrar em pormenores. "Disse isso em sede de testemunho. Não consigo testemunhar na primeira pessoa. Reservo-me ao silêncio, porque está na acusação", referiu.
Quanto ao processo Cashball, que investiga alegados subornos por parte do Sporting a árbitros e jogadores para favorecimento dos 'leões' no futebol e no andebol, André Geraldes refuta as acusações de corrupção. "Obviamente que não [ser corrupto]. Estou de consciência completamente tranquila e aguardo com serenidade. As pessoas do Sporting também pode estar tranquilas. Vamos deixar a investigação fazer o seu caminho e veremos no fim se não haverá surpresas", atirou.
André Geraldes falou ainda sobre Bruno de Carvalho. "Foi meu presidente durante cinco anos. Eu penso pela minha cabeça e não a reboque de ninguém. Ele fez um primeiro excelente mandato, um excelente início de segundo mas, a partir de janeiro, as coisas não saíram tão bem. Ao nível da comunicação, provavelmente, não fez o melhor percurso", começou por dizer, questionado se teria sido ameaçado pelo antigo presidente dos 'leões'.
"Se tem responsabilidade direta na instabilidade do Sporting? Pelo estilo de comunicação que tinha, o clima não foi o melhor. Eu quero acreditar que nenhum presidente do Sporting pudesse ter pedido para fazerem o que aconteceu em Alcochete. Cada pessoa tem a sua pasta dentro de um clube, eu tinha as minhas atenções viradas para o futebol profissional", garantiu André Geraldes, antigo team manager do Sporting.
Comentários