Em vésperas de clássico e com muito suor à mistura, o FC Porto manteve a distância de 10 pontos para o Sporting, no último jogo antes de receber o líder do campeonato.

Numa partida em que o dragão dominou do início ao fim, a equipa de Sérgio Conceição venceu o Marítimo por 2-1 e segue na perseguição ao topo da tabela. Já os madeirenses somaram o seu sexto jogo consecutivo a perder na I Liga e ocupam o último lugar.

O jogo: Domínio portista

Depois da vitória em casa frente à Juventus, para a Liga dos Campeões, Sérgio Conceição trocou apenas uma peça no onze apresentado frente à ‘vecchia signora’ com a saída de Otávio e a entrada de Luis Díaz.

Já Milton Mendes mexeu bastante na equipa madeirense, promovendo sete alterações, face ao último onze apresentado frente ao Tondela: saíram Secco, Karo, Lucas, Rúben Macedo, Bambock, Soderstrom e Guitane para a entrada de Abedzadeh, Leo Andrade, Hermes, Pelágio, Jean Irmer, Correa e Edgar Costa.

O Marítimo tentou assustar o FC Porto nos primeiros minutos, com Tagueu a obrigar Marchesín à defesa logo aos três minutos, mas foram os dragões a inaugurar o marcador antes da passagem do primeiro quarto de hora no Funchal.

Na sequência de um livre marcado por Sérgio Oliveira, encostado à esquerda, o esférico andou a rondar a grande área madeirense e, depois de muitas carambolas, acabou nos pés de Uribe que atirou para o golo aos 14’.

Se o golo azul e branco era a melhor forma da equipa de Sérgio Conceição começar a partida, o Marítimo tratou de responder rapidamente. Sete minutos depois, na sequência de um canto, a bola acabou nos pés de Leo Andrade, após desvio de Joel Tagueu, com o defesa a encostar para o empate aos 18 minutos (o golo só foi validado minutos depois e surge como marcado aos 21' ).

Os dragões tentavam responder rapidamente para alcançar de novo a vantagem e pouco faltou aos 34 minutos, mas valeu Abedzadeh com duas boas defesas, primeiro a remate de Zaidu e depois evitando a recarga de Taremi.

O FC Porto estava melhor na partida, jogando até ao intervalo no interior do meio-campo do Marítimo e com os madeirenses a não voltarem a ameaçar a baliza de Marchesín, mas o que é certo é que o empate não desatou até ao recolher para os balneários.

Ao intervalo, o resultado penalizava um FC Porto que tinha mais bola e mais oportunidades de golo, mas que acabou por ver o Marítimo anular a vantagem azul e branca graças à sua eficácia.

O segundo tempo começou, à semelhança do primeiro, com um aviso do Marítimo quando, aos 48 minutos, a equipa da casa saiu num contra-ataque rápido e Tagueu, pela esquerda, rematou para colocar os reflexos de Marchesín à prova.

Mas foi sol de pouca dura: o FC Porto voltou a agarrar nas rédeas da partida e só via uma coisa à frente: a baliza de Amir. Aos 53 minutos, o guarda-redes foi obrigado a esticar-se para defender o remate de Luis Díaz, com a bola a manter-se a rondar a baliza madeirense por alguns instantes.

Os dragões instalaram-se no último terço e carregavam em cima de Marítimo que passou por uns minutos de dificuldade, não conseguindo pensar em mais nada além de defender, face à pressão colocada pela equipa de Sérgio Conceição.

Só aos 60 minutos, os madeirenses conseguiram respirar e dar um ‘ar da sua graça’ com Correa a obrigar Marchesín a limpar o perigo com o peito.

Os técnicos mexeram nas respetivas equipas pela primeira vez aos 66 minutos, com Milton Mendes a lançar Rúben Macedo para o lugar de Edgar Costa e com Sérgio Conceição a retirar Sérgio Oliveira e Marega para as entradas de Otávio e Francisco Conceição.

No minuto seguinte, Corona ameaçou a baliza de Amir com um grande remate, mas viu o guardião defender a sua tentativa de golo, mais uma de um FC Porto completamente dominante na partida.

À entrada do minuto 80, Sérgio Conceição apostou em Toni Martínez para o lugar de Luis Diaz, para aumentar o número de unidades no ataque azul e branco, que procurava não perder pontos antes do clássico da próxima jornada.

Contudo, com o FC Porto balanceado para o ataque, a defesa dava espaços atrás e o Marítimo aproveitou-os para deixar dois sérios avisos aos portistas, primeiro por Alipour, que viu Marchesín defender o seu remate aos 82’.

Depois foi o ferro a salvar os dragões quando, após canto, Zainadine apareceu no sítio certo para cabecear, mas atirou em cheio na base do poste esquerdo, na segunda grande oportunidade de golo do segundo tempo aos 84 minutos.

Após o susto, o FC Porto continuava a carregar sobre o Marítimo e o golo da vitória acabou mesmo por surgir, com Francisco Conceição a ser ‘atropelado’ por Rúben Macedo no interior da grande área e com Vítor Ferreira a apontar de imediato para a marca de 11 metros. Otávio chegou-se à frente e não desperdiçou, assinando o golo de uma muito importante vitória portista.

O resultado adequa-se perfeitamente a um FC Porto que se mostrou pressionante e por cima do jogo na quase totalidade dos 95 minutos. Sabor amargo para o Marítimo que ficou muito perto de pôr um ponto final numa série negativa que se prolonga agora por mais uma jornada.

Desta forma, o FC Porto mantem os 10 pontos de distância para o Sporting, com a esperança portista de que a diferença se reduza para sete já no próximo sábado, depois do encontro entre as duas equipas, no Estádio do Dragão. Além disso, recupera o segundo lugar, mantêm a diferença para o SC Braga e aumenta a distância para o Benfica, que está agora a cinco pontos de distância.

O momento: Minuto 90+3 - golo de Otávio

O melhor: Francisco Conceição

Tem-se revelado um trunfo de Sérgio Conceição. Na sua estreia, frente ao Boavista, esteve no lance que deu o terceiro golo dos dragões, mas que acabou invalidado e na última noite foi ele quem sofreu a falta que deu origem ao golo da vitória portista, aproveitando o pouco cuidado de Macedo a fazer-se ao lance.

O pior: Macedo

O médio ficou ligado ao resultado pela negativa, fazendo-se de forma precipitada a um dos últimos lances da partida, no interior da área, numa altura em que o empate parecia quase certo. Macedo levou Conceição à frente e afastou o ponto do Marítimo.

Reações

Sérgio Conceição: "Sabíamos que estes três pontos eram importantes"

Francisco Conceição feliz pela vitória, Uribe realça que todos os jogos "são decisivos"

Milton Mendes: "Temos tido alguns dissabores em momentos cruciais"

Léo Andrade: "Se ganharmos, sabemos que saímos desta situação"

Resumo

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