Vitória tranquila (a nona em nove jogos em casa na Primeira Liga esta temporada), com uma mão cheia de golos, momentos de grande classe e liderança garantida por mais uma jornada, passando a pressão para o lado dos rivais (e um deles já cedeu): o Sporting segue (cada vez mais) firme no topo. E, desta vez, nem precisou dos golos de Gyokeres (só das assistências).
Mesmo não marcando, o sueco voltou a ser determinante. Foram dele os passes para os dois golos de vantagem com que os leões saíram para o intervalo, ambos assinados por Marcus Edwards, que 'só' teve de encostar para o fundo das redes. Foi dele também a assistência para o quinto e último golo da equipa, da autoria de Francisco Trincão. Pelo meio, mostrou também inteligência, ao marcar rapidamente o lançamento de linha lateral do qual nasceu o terceiro golo, e potência física, com mais uma série de arrancadas à sua imagem. Ao todo, três assistências (e meia) e nova grande exibição.
Mas a verdade é que o Sporting nem precisou que o sueco fizesse o gosto ao pé para golear uma equipa que esta temporada já ganhou no Estádio do Dragão e que vinha de uma série de excelentes resultados. Os leões souberam aproveitar o facto de o Estoril ter vindo a Alvalade sem especiais cautelas defensivas, sem uma defesa demasiado profunda, e exploraram da melhor forma o espaço concedido pelo adversário.
Mais três pontos conquistados pelos verdes e brancos, no primeiro jogo sem Morita e Diomande (falta ir também Catamo). Para já ninguém deu por falta deles. Mas outros (duros) testes se seguirão.
Veja as imagens que contam a história do encontro
O jogo: sempre a abrir a partir do primeiro golo
Rúben Amorim apostou em Daniel Bragança para o meio-campo, na ausência de Morita (o médio português, com espaço para pensar o jogo, realizou uma atuação segura). Isso permitiu manter Pedro Gonçalves na frente de ataque, onde tem outro impacto. Foi dele a primeira oportunidade dos leões, que só não deu em golo devido a uma grande defesa do guarda-redes do Estoril.
O Sporting não marcou à primeira oportunidade, aos dez minutos, mas marcou à segunda, aos 21. Os visitantes, fiéis à sua habitual forma de jogar, atuaram com a linha defensiva subida e Hjulmand aproveitou para, com um grande passe, desmarcar Gyokeres (em jogo por 2 centímetros). Pleno de força e técnica, o sueco levou a melhor sobre um adversário e assistiu Edwards para o 1-0.
O Estoril tentou responder (teve um golo anulado por fora de jogo), mas a partir daí o Sporting foi somando oportunidade atrás de oportunidade até ao final do encontro. Edwards ameaçou bisar por duas vezes e Nuno Santos também quase marcou antes de o inglês fazer mesmo o 2-0, outra vez a passe de Gyokeres.
O 3-0 surgiu a abrir o segundo tempo e acabou com as dúvidas. Inteligente, Gyokeres marcou rapidamente um lançamento de linha lateral para Nuno Santos, que entrou na área e desferiu um remate que sofreu um desvio e só parou no fundo da baliza. O jogo abriu ainda mais, houve oportunidades nas duas áreas, mas foi o Sporting a voltar a marcar, num golo pleno de classe de Pedro Gonçalves. E a toada manteve-se, com os leões a desperdiçarem mais algumas ocasiões (até enviaram duas bolas ao poste na mesma jogada) antes de chegarem ao quinto golo, apontado pelo suplente Francisco Trincão, com um excelente remate, outra vez a passe de Gyokeres.
Houve ainda tempo para o Estoril ver premiada com um tento de honra (assinado por Cassiano) a 'ousadia' com que se apresentou em Alvalade e para o Sporting enviar mais uma bola ao poste.
O momento: Parceria Gyokeres-Edwards, parte 1
Minuto 21: O Sporting dominava o jogo, mas até ainda só tinha ameaçado verdadeiramente o golo por uma vez. Só que ao 21 minutos Morten Hjulmand recebeu a bola e, aproveitando o facto de o Estoril não apostar numa defesa muito recuada, lançou Gyokeres em profundidade, com um passe para as costas do setor mais recuado dos canarinhos. O sueco ganhou em velocidade e em força a um adversário, entrou na área pela esquerda e tocou para Marcus Edwards surgir a finalizar.
A figura: Marcus Edwards (para não falarmos só de Gyokeres)
É difícil não escolher Viktor Gyokeres como a figura de um jogo em que fez três assistências (e meia), mas quem esteva lá, desta feita, para colocar a bola no fundo das redes e levar o Sporting com uma vantagem de 2-0 para o intervalo foi Marcus Edwards. E o inglês não se ficou pelos golos que marcou. Na primeira parte ficou perto de fazer outros dois e esteve inspirado ao longo de todo o encontro. Foi uma dor de cabeça para os adversários, criou vários desequilíbrios do início ao fim do jogo e o hat-trick esteve à vista no segundo tempo, mas foi-lhe negado pelo poste.
As reações
- "Nas transições matámos o jogo". Amorim "não esperava este resultado", Edwards agradece a Gyokeres
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