
A dois jogos do final de 2024, a Primeira Liga está ao rubro. Ao vencer o jogo diante do Nacional, da 8.ª jornada da I Liga (adiado devido às más condições climatéricas), o Benfica ascendeu ao 2.º posto da prova com 34 pontos, menos um que o do líder Sporting e com mais um que o FC Porto, terceiro colocado.
Na próxima segunda-feira o Benfica joga com o Estoril, numa ronda em que o Sporting defronta o Gil Vicente fora e o FC Porto joga fora com o Moreirense. Na zona seguinte, a última desde 2024, há dérbi em Alvalade entre leões e águias, e também na Invicta, entre dragões e panteras.
O Jogo: Di María não é Dom Sebastião mas...
Fotos: As melhores imagens do Nacional-Benfica
Di María continua a ser o farol do jogo ofensivo Benfica, mesmo perante condições extremas. O avançado do Benfica travou um duelo curioso com Lucas França para ver quem seria eleito MVP da partida: o extremo argentino pelos dois golos e pelo que jogou, o guardião brasileiro pelo que defendeu.
Depois de dois empates seguidos, ao Benfica pedia-se uma resposta à Benfica, numa altura em que a equipa tenta colocar cada vez mais pressão no Sporting na luta pelo primeiro lugar.
E foi isso que fizeram os comandados de Bruno Lage, dominando o jogo do início ao fim, embora nem sempre bem jogado. O Benfica mostrou consistência defensiva desta vez ao não permitir quase nada ao Nacional e lá na frente criou várias oportunidades, num jogo onde o 2-0 é escasso.
Tal como aconteceu no dia 06 de outubro, o nevoeiro voltou a ameaçar fazer das suas. Assim que o jogo recomeçou (com lançamento lateral para o Nacional), o ar húmido começou a reduzir a visibilidade, ora mais fraca, ora mais intensa, como que a espreitar o andamento do jogo, mas sem muito interesse em ficar a ver o que se passava no relvado.
Era preciso alguém que emergisse dessa indecisão do tempo e desse algo ao jogo. E foi aí que apareceu Angel Di María, uma espécie de Dom Sebastião para salvar o Benfica. É ele que cruza para Pavlidis falhar o primeiro da noite e é dele o início da jogada no primeiro falhanço de Aktürkoglu aos 29 minutos.
Chamado à responsabilidade na grande penalidade, mostrou classe, antes de acabar com alguma tentativa de reação dos madeirenses com o 2-0.
Com a crise de golos dos avançados (Pavlidis com oito golos em 22 jogos, Arthur Cabral com quatro golos em 18 jogos), é preciso que alguém da linha média se chegue a frente na hora de colocar a bola no fundo das redes. Akturkoglu vinha a cumprir essa missão, mas o turco parece estar a atravessar uma fase menos boa, com apenas dois golos marcados nos últimos 11 jogos pelo clube. Salva-se Di María, com sete golos nos últimos oito jogos pelo Benfica.
Alias, Di María foi o único a encontrar o caminho do golo quando Lucas França estava determinado em tapa-los. No final do encontro, o guardião brasileiro dos madeirenses pediu, do alto dos seus 1,94 metros, mais empenho e mais entrega aos seus companheiros para tirar o Nacional da difícil situação em que se encontra. Não é por ele que a equipa se encontra na 13.ª posição, a um ponto dos lugares de descida direta.
Momento-chave: Olha essa mão, Ulisses!
O Benfica tinha regressado do intervalo com a disposição de colocar um ponto final na gigante noite de Lucas Franças, mas não contava com uma 'mãozinha' de Ulisses Rocha. O central brasileiro do Nacional interceptou com o braço um cruzamento tenso de Bah na área e 'atirou' Di María para a marca dos onze metros. Desta vez não havia Lucas França que valesse aos madeirenses.
Os Melhores: Só Di María viu o caminho para o golo na noite de Lucas França
Di María continua a ser o mais esclarecido no jogo ofensivo dos encarnados, mesmo quando é criticado. É dos poucos que tenta sempre algo de diferente quando o ataque dos 'encarnados' está 'emperrado'.
Além de ter estado na origem das muitas oportunidades criadas pelos encarnados, não tremeu na grande penalidade e depois teve sorte ao ver o seu remate enrolado acabar no fundo das redes no 2-0. Assim de fininho, já é o melhor marcador do Benfica esta época, com 11 golos.
O jogo só terminou 0-2 para o Benfica graças a Lucas França. O gigante brasileiro esteve inspirado, ao negar os golos a Pavlidis, Akturkoglu (2), Otamendi e Leandro Barreiro. Cinco oportunidades claras de golo, defendidas pelo guardião do Nacional.
Em noite 'não': não se marca golos se não se rematar à baliza
Ao contrário do AVS no fim de semana, que rematou mais que o Benfica, desta vez os encarnados encontraram uma equipa retraída, à espera de um milagre.
O Nacional não fez nenhum remate na primeira parte (45+4 ou, 41, se tirarmos os oito minutos que já tinham sido jogados no dia 06 de outubro, quando o jogo foi adiado) e no segundo só acertou por uma vez na baliza de Trubin, num remate sem perigo de Soumaré, nos cinco que a equipa fez. Muito abaixo da média que apresenta na I Liga (14 por jogo). Muito pouco para quem queria pontos.
Reações
Tiago Margarido diz que golos surgiram de detalhes, Lucas França quer que a equipa dê mais
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