Crença, ambição, resiliência: Estas são algumas das palavras de ordem deste 'Leão' versão 20/21. Nesta temporada este Sporting tem sabido resolver com mestria todos os problemas que lhe aparecem pela frente. Seja a chuva, seja o vento, sejam as más condições do terreno. Se o adversário apresenta bloco baixo, os verdes e brancos pressionam a primeira fase de construção. Se estão muito balanceados na frente, o contragolpe leonino fere o adversário. Se a 'presa' hesita, este Sporting é exímio nas recuperações de bola. Se o adversário falha, o leão é letal.

Veja o resumo da partida

Acabou por ser muito isto o filme do 'jogo' rodado em plena tempestade de Alvalade. De um lado um Portimonense moralizado e bem montado por Paulo Sérgio e com a missão de incomodar o líder. Tentou encurtar os espaços ao adversário, foi afoito na frente e até podia ter assustado se tivesse chegado ao golo, mas consistência tem sido o nome do meio dos leões.

Fiel aos seus princípios e ao que tinha dito na conferência de imprensa, Amorim não poupou os jogadores 'amarelados'. Lançou Tiago Tomás no ataque e Nuno Santos, por troca com o lesionado Paulinho. No Portimonense, Beto era a referência ofensiva do lado dos algarvios.

Na primeira fase de construção, a equipa visitante tremeu e as perdas de bolas sucederam-se. A velocidade de Nuno Santos fazia o resto. O leão, a pouco e pouco, começou a visar cada vez mais a baliza adversária, até que o golo chegou ao minuto 22´, com Feddal a aproveitar uma assistência de Coates depois de um livre batido por Pedro Gonçalves.

Cinco minutos depois e o Sporting construía o resultado. Infantilidade da defensiva de Portimão com Maurício e Lucas a desentenderem-se, para depois Nuno Santos aproveitar e disparar para o 2-0.

Ainda havia muito tempo para jogar, mas os comandados de Amorim são uma espécie de muralha intransponível quando se vêm em desvantagem. Dener ainda assustou antes do intervalo ao colocar a bola dentro da baliza, mas o lance foi anulado por fora de jogo.

No segundo tempo cabia ao Portimonense largar as amarras defensivas e tomar a iniciativa, mas foi o Sporting que criou perigo logo ao minuto 48´. É certo que o golo 'cheirou' pelo lado do adversário. Willyan esteve próximo da felicidade aos 68´. A partir dos 70´, Amorim começou a pensar no clássico. Tirou Nuno Santos do campo (estava em risco), lançou Tabata, Daniel Bragança e mais tarde Matheus Nunes. O caboverdiano assistiu o ex-Portimonense que ainda colocou à prova Samuel, que se viu obrigado a defesa apertada. Ádan também respondeu do outro lado, ao defender um remate de Beto, demonstrando a segurança habitual na baliza.

No final, com o relvado alagado, o Sporting segurava mais três pontos e terá 10 de vantagem, no mínimo, quando enfrentar o FC Porto no próximo fim de semana.

Momento

O golo de Nuno Santos ao minuto 31´ - O segundo dos leões limitou a capacidade de recuperação dos algarvios. A partir daí, o leão conseguiu gerir o jogo a seu belo prazer.

Melhores

Nuno Santos

Foi a alma do ataque leonino nos primeiros minutos. Provocou o erro do adversário e fez o segundo golo dos leões num tento pleno de oportunidade. Respondeu da melhor forma no regresso à titularidade.

Dener

O mais inconformado da equipa de Portimão. Seta apontada à baliza do Sporting, ainda conseguiu marcar, mas o lance foi anulado por fora de jogo.

Palhinha

É uma dos esteios desta equipa do Sporting. "Vale por dois", como referiu Rúben de Amorim em conferência de imprensa após o jogo. Somou quatro dribles e cinco desarmes, de acordo com o Goal Point. Muito forte na recuperação de bola.

Reações

Rúben Amorim: "Como equipa grande não podemos ter dias de folga"

João Palhinha deseja que caso do cartão amarelo "acabe o mais rápido possível"