O FC Porto venceu este domingo na receção ao Santa Clara por 2-0, em jogo da sexta jornada da I Liga portuguesa de futebol, e igualou pontualmente o Benfica na liderança, um dia antes de o Famalicão visitar o Sporting.

Sérgio Conceição patrocinou duas alterações em relação ao onze utilizado na Liga Europa frente ao Young Boys, uma por obrigação e outra por opção. Por castigo, Alex Telles deu lugar a Manafá como lateral-esquerdo, enquanto Tiquinho Soares ficou de fora para a entrada de Zé Luís. Outra das novidades foi o regresso de Bruno Costa, que começou o jogo no banco de suplentes - e aí que ficou durante os 90 minutos.

Recorde-se que Alex Telles foi expulso no encontro da 5º jornada frente ao Portimonense por travar a progressão de Marlos, aos 93 minutos de jogo. Rui Costa começou por marcar fora de jogo mas, alertado pelo VAR, mudou a sua decisão e marcou livre direto para os algarvios e vermelho direto para o lateral esquerdo do FC Porto.


O jogo

O FC Porto entrou em grande e com vontade de resolver o jogo o mais cedo possível e assim fez. Enquanto isso, o Santa Clara jogava com uma defesa a cinco e apenas Thiago Santana na frente de ataque, com o objetivo de provocar problemas ao FC Porto, conhecido por ser forte nos cruzamentos para a grande área. No entanto, a missão teve pouco sucesso (para não dizer nenhum).

Nos primeiros 15 minutos de jogo a equipa da casa fez três remates à baliza de Marco Pereira e à terceira conseguiu marcar. Mas, se o golo mal afetou o Santa Clara - que já estava em baixo -, não se pode dizer o mesmo do FC Porto. A equipa de Sérgio Conceição baixou o rendimento depois de inaugurar o marcador.

Depois de meia hora de claro domínio do FC Porto, o Santa Clara começou então a ganhar coragem de incomodar o último terço e Marchesín. Nesta altura, os dragões tinham por seu lado alguma dificuldade em penetrar a defensiva açoriana.

Mas, o (curto) domínio do Santa Clara acabaria por levar um duro golpe aos 41 minutos, quando César marcar na própria baliza, na tentativa de cortar o lance. Daqui até ao intervalo, nada de passou, tal não era o estado anímico para os dois lados.

No final da primeira parte, as estatísticas traduziam na perfeição o que se tinha visto nos primeiros 45 minutos do encontro. De um lado, o FC Porto somava já 10 remates à baliza. O Santa Clara não tinha ainda nenhum remate que tivesse 'assustado' Marchesín. Também a posse de bola mostrava o poderio portista: 60% contra 40%.

Mas, na segunda parte tudo mudou (menos o resultado). No regresso ao relvado, a equipa da casa não sofreu qualquer alteração. Do lado dos açorianos, João Henriques tirou Carlos Jr e lançou Guilherme Schettine, que esteve ausente durante um mês.

O Santa Clara entrou na segunda parte com uma atitude diferente e com maior eficácia, o que ia deixando Sérgio Conceição e os adeptos portistas preocupados.

A pouco e pouco, os açorianos iam-se aproximando do lugar onde, até então, Marchesín descansava e iam 'acordando' o guarda-redes tentativa após tentativa. Faltava a finalização.

O guarda-redes do FC Porto não teve muito trabalho, mas ainda foi negando alguns remates ao Santa Clara. Do outro lado, os dragões tentavam voltar a 'assustar' Marco Pereira. Sem sucesso. O encontro acabaria por terminar com 2-0 no marcador.


A polémica

Caos e confusão foi algo que não faltou neste jogo e, portanto, não houve apenas uma polémica, mas ficaremos assim pela mais invulgar. Aos 67 minutos de jogo, Jesús Corona recebeu cartão amarelo, na sequência de um lance com João Afonso. Luís Godinho confirmou com o árbitro assistente e assinalou penálti num primeiro momento. Depois de conferenciar com o VAR e ir ele mesmo visionar as imagens, reverteu a decisão e a exibeu o amarelo por simulação ao mexicano.


Os melhores

Do lado do FC Porto, Zé Luís foi o jogador em destaque. O cabo-verdiano apontou um golo, em sete remates à baliza (quatro deles foram enquadrados). Somou ainda dois passes para finalização nos 78 minutos em que esteve em campo. Do lado do Santa Clara, o guarda-redes foi o protagonista. Em 90 minutos, os dragões remataram 19 vezes à baliza de Marco Pereira, mas a bola só entrou duas vezes. O guardião dos açorianos fez seis defesas, metade de remates já dentro da área.


Os piores

Num encontro em que, uns melhores outros pior, nenhum jogador do FC Porto se destacou pela negativa, do outro lado há alguém que compensa. Thiago Santana foi lançado sozinho na frente de ataque açoriana para incomodar Marchesín, mas não teve sucesso e, falhou naquela que é a sua função: marcar.


Reações

Sérgio Conceição: "Fizemos dois golos, mas podíamos ter feito mais"

Corona: "Entrámos como devíamos. É isso que temos que fazer, é isso que é o FC Porto"

João Henriques: "O VAR não pode passar impune, a cabeça do Fábio Cardoso não abriu sozinha"

João Afonso: "Não conseguimos anular todos os pontos fortes do FC Porto"

Resumo