Filme do Jogo
O FC Porto venceu ontem o Desportivo das Aves, por 4-0, em partida da 32.ª jornada da I Liga de futebol, e mantém a pressão ao líder do campeonato, o Benfica, na luta pelo título.
Os 'dragões', mesmo sem deslumbrar, acabaram por construir um triunfo tranquilo e pragmático, alicerçado nos golos de Corona, aos 18 minutos, de Manafá, aos 68, e num 'bis' de Soares, que marcou aos 30, de grande penalidade, e aos 70.
Com este desfecho, o FC Porto mantém o segundo lugar, agora com 79 pontos, menos dois do que os 'encarnados', que também venceram esta jornada, enquanto que o Aves, mesmo perdendo, ainda conserva uma almofada de cinco pontos para os lugares de descida, seguindo com 36.
Homenagem a Iker Casillas
Minutos antes do apito inicial entre o FC Porto e o Desportivo das Aves, o plantel portista juntou-se para mostrar uma tarja com a frase: "Força Iker", altura em que o público presente no Estádio do Dragão levantou-se para aplaudir o guarda-redes dos Dragões, que continua internado no Hospital CUF, a recuperar depois de um enfarte de miocárdio sofrido a meio desta semana durante um treino no Olival.
Já nas bancadas, as claques oficiais do FC Porto mostraram uma tarja ainda maior com a imagem do guarda-redes espanhol, com a mesma frase, acompanhado de um novo forte aplauso e cânticos.
FC Porto controla na primeira parte e marca dois golos
Depois do 'tropeção' frente ao Rio Ave, na última jornada, no empate por 2-2, Sérgio Conceição, técnico dos 'dragões' retocou a equipa e, além de lançar na baliza Vaná, devido à indisponibilidade de Casillas, deixou, neste jogo, Pepe no banco, apostando na titularidade de Manafá no lado direito da defesa, derivando Éder Militão para o eixo.
A partida até começou numa toada morna, com o Aves a não querer arriscar em demasia e os 'azuis e brancos' a não conseguirem impor rotação ao seu futebol, fazendo com que os únicos momentos de desequilíbrio surgissem, em inconsequentes remates de longe.
Aos 18 minutos, e aproveitando uma desatenção da defesa visitante, o FC Porto, mesmo sem forçar muito, inaugurou o marcador, num golpe de cabeça de Corona, a desviar um cruzamento de Alex Telles para zona desprotegida.
O Aves tentou responder à contrariedade, explorando a velocidade pelas alas, onde Luquinhas surgia como elemento mais desequilibrador, mas o último passe era, quase sempre, uma pecha da equipa de Augusto Inácio, mantendo a bola longe da baliza de Vaná.
Já perto da meia-hora, novo revês para os avenses, desta feita num corte com o braço do central Jorge Fellipe na sua área, que, num primeiro momento, o árbitro Hugo Miguel não percebeu, mas que com recurso ao VAR apontou para a marca de grande penalidade, onde Soares não desperdiçou o 2-0.
Tudo igual na segunda parte
Logo após o reatamento, a equipa de Augusto Inácio até dispôs de uma das suas melhores oportunidades da noite, num remate de Derley, que Vaná respondeu com boa defesa.
O atrevimento foi, ainda assim, insuficiente para intimidar os 'dragões', que não demoraram em assumir, de novo, o controlo das operações, mas sem nota artística, tentando resolver o jogo com remates de longe, nomeadamente por Brahimi e Alex Telles.
A eficácia da equipa de Sérgio Conceição só regressaria aos 68 minutos, numa jogada de insistência trabalhada por Marega, que ofereceu o 3-0 a Manafá.
O tento voltou a animar as bancadas do Dragão e a equipa, que, dois minutos depois, deu tons de goleada à vantagem, numa jogada onde Marega e Corona não conseguiram superar o guarda-redes avense, mas em que Brahimi acreditou e com um toque acrobático deixou a bola para Soares fazer o quarto golo.
Com o resultado 'feito', o FC Porto geriu, sem grande oposição do Aves, o resto do jogo, havendo tempo para o regresso de avançado Aboubakar, que voltou à competição depois de se ter lesionado em setembro do ano passado.
As contas para o título, a duas jornada do fim
Com esta vitória, o FC Porto chega aos 79 pontos e volta a colocar a desvantagem para o líder, o Benfica, em dois pontos, enquanto os avenses, que ainda não asseguraram matematicamente a permanência, estão no 11.º lugar com 36.
Super Dragões e equipa desentendem-se
Os jogadores portistas decidiram fazer a habitual roda no centro de relvado, sendo que esta é sempre feita perto da claque dos Super Dragões. Depois, equipa e staff técnico dirigiram-se para o balneário, sem agradecer à claque. Seguiram-se assobios e cânticos como “O Porto é nosso e há de ser”.
“Os problemas da família ficam em família. Há um sentimento comum, o gosto e paixão pelo futebol e, neste caso, pelo FC Porto. Não fica bem revelar as coisas aqui para fora”, disse Sérgio Conceição na conferência de imprensa.
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