O FC Porto isolou-se hoje de forma provisória no comando da I Liga portuguesa de futebol, ao vencer em casa o Boavista, por 2-0, na abertura da 28.ª jornada, ficando a aguardar o resultado do Benfica. No Estádio do Dragão, em jogo marcado pela ausência dos treinadores - ambos suspensos -, a equipa de Sérgio Conceição ganhou com golos de Soares, de grande penalidade, aos 41 minutos, e de Otávio, aos 48.
O jogo: Uma superioridade inquestionável
Em relação ao último onze dos 'dragões' no campeonato, Sérgio Conceição foi forçado a 'descartar' Felipe, por castigo, e Alex Telles, por lesão. Essas ausências levaram à entrada de Brahimi e Manafá. Do outro lado, Lito Vidigal foi a jogo com três centrais. No entanto, nenhum dos treinadores esteve no banco.
A revolução defensiva promovida por Lito Vidigal não deu frutos, porque o perigo rondou várias vezes a baliza do guarda-redes Bracali nos primeiros 20 minutos, e os remates portistas com possibilidades de êxito sucederam-se.
O Boavista não fez outra coisa se não defender perto da sua área, mas em vão, porque Herrera e Danilo muito pressionantes a meio-campo, e Brahimi e Otávio, com a sua técnica, não deram sossego aos 'axadrezados'.Aos 15 minutos de jogo, o FC Porto já levava seis remates à baliza, o que traduzia fielmente a pressão que os dragões faziam ao bloco defensivo do Boavista. Nos cinco minutos seguintes os dragões fizeram mais três remates, no total dos 9, seis deles tinham o 'cunho' de Soares - no remate em si ou na assistência.
O FC Porto pressionou tanto que foi com alguma naturalidade que chegou ao golo. A cinco minutos do intervalo, o árbitro Rui Costa assinalou grande penalidade a favor do FC Porto por falta de Raphael Silva sobre Brahimi. Tiquinho Soares foi chamado à marca dos 11 metros e não deu hipótese a Bracali.
O Boavista esboçou uma pequena reação e conseguiu um livre lateral numa das escassas ocasiões em que se aproximou da baliza de Casillas. Rafael Costa foi chamado a bater um livre em zona perigosa. O jogador dos 'axadrezados' bateu forte, mas a bola acabou nas mãos do guarda-redes espanhol.
A segunda parte começou da mesma forma que acabou a primeira: com um golo do FC Porto. Logo aos dois minutos de jogo, Otávio fez o segundo dos dragões, ao rematar cruzado à entrada da área. Bracali reagiu tarde e não conseguiu evitar o golo do brasileiro de 24 anos.
A superioridade do FC Porto jamais esteve em causa e o Boavista revelou-se incapaz de conter a dinâmica ofensiva contrária e de sair para o ataque e incomodar Casillas, que teve uma noite tranquila, se excetuarmos o já referido remate de Rafael Costa.
Apesar do domínio, o FC Porto jogou em gestão de jogadores já a pensar no encontro da próxima terça-feira frente ao Liverpool para os quartos de final da Liga dos Campeões.
Os melhores: Uma dupla de brasileiros
Otávio foi o melhor em campo com um golo marcado e muitas jogadas individuais com grande qualidade. Com dois remates, um deles passe para finalização, o brasileiro teve 88 acções com bola. Além disso ajudou na defensa, com sete recuperações de posse e quatro desarmes.
O outro homem de destaque foi Tiquinho Soares, autor do primeiro golo dos dragões através de uma grande penalidade. O avançado brasileito fez quatro remates, três deles enquadrados e ainda quatro passes para finalização.
Os piores: Alguém viu Marega?
O homem-golo do FC Porto esteve ligeiramente desaparecido. Marcou um golo... em fora de jogo e na segunda parte do encontro esteve vinte minutos sem tocar na bola. Não teve propriamente mérito pela vitória dos azuis e brancos.
Do outro lado foi Raphael Silva que andou fugido. O avançado brasileiro de 26 anos esteve apagado durante a maior parte do jogo e não foi capaz de chegar à baliza de Casillas.
Reações
Adjunto do Boavista: "A vitória é justa, mas há que realçar a atitude da equipa do Boavista"
Bracali: "O resultado justo era 0-0"
Otávio: "Trabalhámos para ganhar, e hoje, mais do que nunca, comprovámos o nosso trabalho"
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