Confesso que o nome desta análise não foi dos mais simples para escolher. Houve muito por onde pegar, desde a ansiedade do vice-campeão nacional, a uma estreia em campo e até de um patinho bonito que... virou feio (falo de Wendell que marcou o golo da vitória para o FC Porto, mas depois 'borrou a pintura' com a expulsão.
Ainda assim, escolhi uma lei da matemática agora que vigora para os lados do Dragão. Foi preciso o Moreirense marcar já na segunda parte, para a equipa então comandada por Vítor Bruno reagir e procurar definitivamente a vitória. Primeiro por Toni Martínez e depois, como referido, por Wendell.
Sérgio Conceição assistiu de tudo nas bancadas e até à primeira vez que Nico González vestiu oficialmente a camisola azul e branca. Terá ganho a titularidade? Navarro, por outro lado, não entrou na ficha de jogo.
Para a história fica um Moreirense que nunca baixou os braços e um FC Porto que se redime depois do amargo de boca da Supertaça com a estreia com pé direito no campeonato. Para ajudar à festa, o Benfica perdeu na visita ao Boavista.
O jogo: Tudo reservado para a segunda parte
Um final de tarde quente em Moreira de Cónegos, típico em Agosto. O FC Porto, com Taremi sozinho na frente de ataque e João Mário de regresso à lateral direita, entrava bastante ansioso no encontro, em contraste com o Moreirense bastante destemido e com três reforços na linha defensiva.
Aos 17 minutos, foi Marcano que brilhou, mas a cortar um lance de grande perigo para a equipa da casa. Os Dragões não conseguiam chegar à frente e o primeiro aviso foi por Galeno já há passagem da meia-hora.
Ainda antes do intervalo, uma ocasião para cada lado: Primeiro Kodisang e depois Taremi.
No segundo tempo, Vítor Bruno não esperou mais e lançou Toni Martínez para reforçar o ataque. João Mário e Pepê foram os sacrificados, com o português a sair e o brasileiro a recuar para a defesa.
Ainda assim, foi mesmo o Moreirense que inaugurou o marcador por Frimpong, num lance em que mais uma vez a defesa portista ficou mal na fotografia. Foi aí que se deu o clique para os Dragões entrarem na matemática da vitória. Toni Martínez empatou tudo aos 67 minutos já com Baró em campo. O jovem médio português esteve pouco tempo no relvado e a lesão permitiu que Nico González se estreasse.
Foi já com o espanhol em campo que se desenhou a remontada, mas pelos desequilibradores natos. Otávio e Pepê a desmontarem a defesa minhota e a entregarem a bola para Wendell rematar certeiro de pé esquerdo. O pior é que o brasileiro foi do céu ao inferno. Uma falta totalmente desnecessária levou ao segundo cartão amarelo e consequente expulsão: a segunda depois de voltar a jogar, uma vez que já tinha sido expulso na final da Taça de Portugal. Ainda assim, a vitória não fugiu aos azuis e brancos.
Veja o resumo da partida
Momento do jogo: Wendell fez jus ao entendimento entre Otávio e Pepê
Numa vitória arrancada a ferros, claro que o momento do jogo tinha de ser o 2-1 de Wendell aos 74 minutos. Esteve longe de ser uma exibição bem conseguida do lateral - entretanto expulso - mas o que fica na história são os três pontos finais, e de claro alívio para os portistas com fantasmas do passado.
Os melhores:
Pepê - Já há poucas palavras para o impacto de Pepê neste FC Porto. Começou como extremo e terminou como lateral, mas mesmo assim foi o maior desequilibrador da equipa.
Toni Martínez - Entrou para fazer toda a diferença. O FC Porto precisava de mais um homem de área e o 1-1 foi a prova disso.
Frimpong - Sempre bastante comprometido com os objetivos do Moreirense, não só foi importante para travar as investidas azuis e brancas como marcou o primeiro golo.
Os piores:
Taremi - Mais uma exibição apagada do iraniano que ainda não conseguiu mostrar as suas qualidades neste início de temporada. Influência do mercado?
Grujic - Um jogador que, de momento, não parece reunir as condições necessárias para ser titular no FC Porto.Mais uma exibição bastante abaixo do que se pretendia.
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