Claro e inequívoco. Foi assim o triunfo da noite de domingo do Benfica sobre o FC Porto, por 4-1. As águias dominaram o encontro de início ao fim e nem um pequeno momento de desconcentração perto do intervalo impediu uma vitória categórica, que deixou os adeptos em êxtase, fazendo-os esquecer por completo a infeliz atuação de meio da semana em Munique, para a Liga dos Campeões.

Já o FC Porto, vindo também ele de uma amarga noite europeia, viveu uma noite ainda mais complicada no Estádio da Luz. Os dragões raramente importunaram a baliza adversária, mostrando sempre muitas dificuldades para sair com a bola controlada da sua defesa perante a pressão alta do Benfica, e não foram capaz de aproveitar o raro momento em que o jogo lhes sorriu, à beira do fim da primeira parte, quando conseguiram igualar o marcador.

E se um argentino - Otamendi - comprometeu nesse tal curto momento em que o jogo sorriu ao FC Porto, outro argentino mostrou toda a sua classe para, com dois golos, vincar de forma clara a superioridade do Benfica no jogo. Angél Di María foi a estrela maior de um Benfica que, apesar do duro golpe sofrido em cima do minuto 45, não deu hipóteses no segundo tempo, com três golos, dois dos quais assinados por 'Angelito'.

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O jogo: Superioridade desde o início acabou em goleada como há muito não se via

O Benfica começou a mandar no jogo desde o apito inicial. Ainda assim, o primeiro remate digno de registo até foi do FC Porto, com Galeno a atirar forte, mas ligeiramente por cima aos 13 minutos. Nada que assustasse os encarnados, que continuaram a dominar e, aos poucos, começaram a criar perigo, chegando mesmo a introduzir a bola no fundo das redes, num lance que, contudo, já tinha sido (prematuramente) interrompido pelo árbitro, João Pinheiro, para assinalar uma falta a favor das águias.

Tanto domínio acabou por resultar mesmo em golo. Depois de algumas boas oportunidades perdidas pelo Benfica, Álvaro Carreras mostrou como se fazia e finalizou com um excelente trabalho individual e um belo remate de pé direito, após grande passe de Tomás Araújo. A supremacia encarnada prosseguiu e Pavlidis viu o poste negar-lhe o 2-0. Só que, de repente, o jogo teve uma interrupção momentânea devido ao arremesso de tochas para o relvado por parte de uma das claques do Benfica e as águias como que adormeceram.

Que o diga Otamendi, que falhou de forma incrível a interceção a um cruzamento rasteiro de Francisco Moura que parecia controlado pelo central argentino, permitindo a Samu encostar para o empate, em cima do intervalo.

Mas a segunda parte trouxe o mesmo panorama da primeira parte: um Benfica dominador e um FC Porto incapaz de construir jogadas com princípio, meio e fim. Foi, pois, com naturalidade que Di María recolocou a equipa de Bruno Lage na frente, com classe, a passe de Aursnes, ainda antes da hora de jogo. E, logo depois, chegou o 3-1. Bah cruzou  rasteiro após novo belo passe de Tomás Araújo, Pavlidis tentou o desvio e Nehuén Pérez, na tentativa de importunar o grego, colocou ele mesmo a bola no fundo da própria baliza. O FC Porto balanceou-se para o ataque, a correr atrás do prejuízo, mas não criou mais nenhum lance de perigo e foi o Benfica a voltar a marcar, outra vez por Di María, desta feita de penálti, a castiga falta de Alan Varela sobre Otamendi.

O momento: Di María recoloca o Benfica na frente

Minuto 56': Akturkoglu intercepta um passe de Eustáquio para Martim Fernandes, flete para dentro e coloca em Aursnes, o norueguês lança Di María que na cara de Diogo Costa atira para longe do alcance do guardião e faz o 2-1. O Benfica regressava, merecidamente, à vantagem no marcador...para não mais a deixar fugir.

A figura: Angelito foi dor de cabeça constante para o FC Porto

Mais uma exibição decisiva do veterano internacional argentino, que aos 36 anos continua espalhar magia. Desde início, Di María foi uma dor de cabeça para a defesa do FC Porto, sobretudo para Francisco Moura, e dos seus pés saíram muitos dos lances de perigo das águias no primeiro tempo, como o passe para Pavlidis rematar ao poste ao minuto 40. Depois, na segunda parte, mostrou toda a sua classe na forma bateu Diogo Costa para fazer o 2-1 e na forma como converteu a grande penalidade que ditou o 4-1 final.

As reações

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O resumo