O Benfica venceu o Farense por 3-2, mas não convenceu, principalmente no setor defensivo que comprometeu o resultado. Akturkoglu, Kokçu e Pavlidis foram os melhores nos encarnados e os maestros da vitória. No lado do Farense, Tomás Ribeiro e Rony Lopes conseguiram devolver a esperança aos algarvios de que o resultado ainda se podia alterar. Ainda assim, as águias saíram vitoriosas na 27.ª jornada da I Liga e contam com os mesmos 65 pontos do que o Sporting.
Tal como já tinha demonstrado, Bruno Lage promoveu cinco mexidas face ao último onze, com o pensamento no clássico no Dragão. Florentino Luís e Tomás Araújo descansaram, enquanto Renato Sanches e Dahl foram aposta de início. Di María, Akturkoglu e Pavlidis também voltaram ao onze.
O Benfica entrou em campo com um objetivo que ficou bastante evidente nos primeiros minutos: Marcar. Foram três os lances de perigo em cinco minutos e a insistência compensou à quarta tentativa. Os encarnados orquestraram um ataque perfeito com Aursnes a cruzar para o segundo poste, onde estava Akturkoglu pronto para agitar a varinha mágica.
O Benfica pressionava no tempo certo e mantinha-se atento à perda da bola com o meio-campo em evidência. Renato Sanches era o mais recuado no miolo e manteve-se consistente na sua missão.
Enquanto o Farense se mantinha morno, outros aproveitaram para inscrever o nome na lista de marcadores. Pavlidis não quis ficar de fora e, depois de ter desperdiçado isolado contra Ricardo Velho, não quis voltar a facilitar aos 23 minutos.
Após o golo, a equipa encarnada baixou ligeiramente o ritmo a pensar no clássico, mas não deixou de dominar. Ainda assim, os algarvios foram tentando reagir e exigiram atenção por parte de Trubin.
O Farense procurava soluções e percebeu que era preciso baixar linhas, apostando em cruzamentos vindos dos corredores. O ímpeto algarvio começou a dar frutos e os leões de Faro ameaçaram com dois grandes lances de Menino e a concretização a dois minutos do intervalo. Tomás Ribeiro reduziu para o Farense na sequência de um pontapé de canto e deixou tudo em aberto para o segundo tempo.
O segundo tempo chegou e o domínio encarnado também, acompanhado de um golo aos 55 minutos, que coroou o recomeço forte e intenso das águias na partida. Na sequência de uma jogada para ver e rever, Pavlidis deixou para Akturkoglu bisar para o 3-1.
No entanto, a tranquilidade esperada na partida após uma vantagem confortável, resultou num novo renascimento da turma de Tozé Marreco. Rony Lopes mostrou caminho e foi o próprio a finalizar para o fundo das redes.
Os visitantes recusaram-se a baixar os braços e talvez tenham sido menosprezados pela equipa da casa. Até ao fim da partida, tudo indicava para que tivessem ganho um novo folego, mas o nervosismo atrapalhou.
A Luz ainda pediu um penálti por pisão António Silva, aos 71 minutos. O árbitro Hélder Carvalho mandou seguir e o VAR concordou.
O resultado não se alterou até ao fim e o Benfica conseguiu os três pontos, cumprindo com o objetivo de igualar o Sporting na liderança da I Liga.
O momento: Segundo golo de Akturkoglu
Depois de uma jogada em contra-ataque, Aursnes fez um belo passe para Pavlidis, que ajeitou de peito e deixou para o turco bisar na partida. O lance foi muito bem desenhado e coroou uma excelente exibição do feiticeiro, que deu também uma segurança no resultado necessária. A verdade é que o Benfica esmoreceu e esteve em perigo de não segurar a vitória, que foi alcançada graças ao 3-1 marcado por Akturkoglu aos 53 minutos.
O melhor: Akturkoglu voltou a fazer 'abracadabra'
Kerem Akturkoglu foi um dos elementos mais importantes na equipa da Luz, tendo sido decisivo com um bis e uma assistência. O turco voltou a agitar a varinha e a mostrar que poderá ter voltado ao seu melhor nível. Esteve muito ativo e não deu descanso ao Farense, tendo sido uma verdadeira dor de cabeça para a defesa algarvia.
O pior: Incapacidade em aproveitar situações de perigo
O Farense deu uma lição ao nível da atitude, mas pecou na finalização e no aproveitamento de lances perigosos contra uma equipa que gosta de manter os adversários longe da baliza. Na primeira parte, os algarvios desperdiçaram várias oportunidades e podiam ter tirado proveito de algumas debilidades defensivas por parte do Benfica. Para além disso, o nervosismo e a ânsia em conseguir dar a volta ao marcador atrapalharam o discernimento e capacidade de frieza na tomada de decisões.
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